Suspeita de fraude

Justiça anula fase de concurso da Polícia Penal e suspende novas convocações

Documento foi publicado nessa terça-feira (19) e tanto o Governo quanto o Instituto AOCP, organizador do concurso, tem 20 dias para recorrer da decisão

Caso é investigado pelas Polícia Civil do Paraná e Roraima. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Caso é investigado pelas Polícia Civil do Paraná e Roraima. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

O Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) determinou, em decisão liminar, que a fase do exame psicotécnico do concurso da Polícia Penal em Roraima seja anulada, que o Governo não faça novas convocações para vagas disponíveis no concurso e que sejam qualificados os candidatos considerados aprovados na avaliação psicológica do certame. O documento foi publicado nessa terça-feira (19) e tanto o Governo quanto o Instituto AOCP, organizador do concurso, tem 20 dias para recorrer da decisão.

O pedido atende a ação popular impetrada por candidatos do concurso, representados pelo advogado Gustavo Hugo, após um psicólogo afirmar que nunca trabalhou para o Instituto AOCP e negar ter assinado os documentos dos candidatos reprovados na avaliação psicológica do certame. Em 26 de junho, após três dias da afirmação do profissional, os candidatos denunciaram a possibilidade de fraude ao Ministério Público de Roraima (MPRR). A Polícia Civil de Roraima abriu inquérito para investigar a fraude.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE



“O perigo da demora, por sua vez, também resta demonstrado, uma vez que caso não seja concedida a tutela de urgência requerida, candidatos podem ser preteridos do certame o que pode causar danos irreparáveis ou de difícil reparação à coletividade Roraimense”,  disse o juiz  Guilherme Versiani Gusmão Fonseca, da 1ª Vara da Fazenda Pública, autor da decisão.

O inquérito se deu após um psicólogo afirmar que nunca trabalhou para o Instituto AOCP e negar ter assinado os documentos dos candidatos reprovados na avaliação psicológica do certame. Em 26 de junho, após três dias da afirmação do profissional, os candidatos subjudices denunciaram a possibilidade de fraude ao Ministério Público de Roraima (MPRR).

O psicólogo também alegou que seu nome esteve em laudos dos concursos das polícias Civil de Goiás (PCGO) e Penal do Distrito Federal, ambos publicados em 2022. Quanto a esses casos, os candidatos já estariam sendo chamados após a identificação da irregularidade e decisão na Justiça das localidades.

À época, a Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania) também formalizou ofício para que a banca organizadora se manifestasse.

Por meio de nota, o Instituto AOCP informou que não foi notificado formalmente sobre o assunto. “A organização, que já havia esclarecido essa questão em outro momento, irá apurar os detalhes apontados pela reportagem”, completou.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.