Cotidiano

Lei institui campanha permanente de doação de órgãos


Para incentivar a população a doar órgãos, Roraima agora terá uma campanha permanente de incentivo a esse gesto de solidariedade, com a sanção da Lei n° 1.376, de 3 de fevereiro de 2020, de autoria da deputada estadual Yonny Pedroso (SD). A lei foi sancionada pelo governador Antonio Denarium e já está em vigor. 

De acordo com a deputada, a lei institui a Campanha Permanente de Esclarecimento e Incentivo à Doação de Órgãos em todo o Estado, através de propagandas de cunho educativo inseridas nos veículos de comunicação em geral; inclusão de atividades educativas e informativas nas escolas, nos postos de saúde, hospitais e nos órgãos públicos, além de parcerias com municípios e entes públicos ou privados para informar a população, de maneira que se desenvolva consciência sobre a necessidade da doação de órgãos. 

“Com essa campanha, queremos incentivar as pessoas a conversarem com seus familiares sobre a doação dos órgãos, para que fique clara essa vontade de salvar vidas, pois a retirada dos órgãos depende da autorização dos familiares. A gente sabe que a morte é um momento doloroso, mas a doação pode amenizar esse sofrimento, salvando vidas”, explicou.

Segundo dados do Ministério da Saúde, 40% das famílias dos possíveis doadores não permitem a retirada dos órgãos. “Por isso, é importante que os parentes saibam da vontade do seu familiar em ser doador. Para reduzir a fila dos transplantes, é importante que a sociedade esteja consciente da importância desse gesto”, ressaltou. 

O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pelo financiamento de cerca de 95% dos transplantes do país. O Sistema Nacional de Transplantes é formado pelas 27 Centrais Estaduais de Transplantes, sendo uma delas em Roraima.

A primeira captação de órgãos em Roraima foi realizada em fevereiro de 2018, no Hospital Geral de Roraima – HGR. Desde então, o Estado vem avançando no processo de doação e transplante. No entanto, ainda não são realizadas cirurgias no Estado. Os órgãos são captados e enviados para onde estão os pacientes que precisam do transplante.