Cotidiano

Liberação aérea para retirada dos garimpeiros começa a valer

Três corredores de voo estarão ativos até dia 13; Aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas estarão sujeitas às Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo

Nesta segunda-feira (06), as Forças Armadas deram início à segunda fase da Operação Escudo Yanomami, com a retirada de não-indígenas e garimpeiros da Terra Indígena Yanomami. Após a primeira fase da operação, esta será voltada para a abertura parcial do espaço aéreo da região.

De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), ao meio-dia de hoje, foram criados três corredores de voo para possibilitar a saída coordenada e espontânea das pessoas não-indígenas das áreas de garimpo ilegal por meio aéreo. Para o cumprimento das medidas da Operação, foi determinado que as aeronaves terão autorização de voo, desde que se mantenham dentro dos limites laterais e verticais estabelecidos. 

Os corredores são de seis milhas náuticas (NM) de largura, o que equivale a cerca de 11 quilômetros e seguirão ativos até à 01h da madrugada da próxima segunda-feira (13/02).

A comunidade aeronáutica foi informada das novas regras da Operação, segundo a FAB. As aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas nas áreas determinadas pela Força Aérea estarão sujeitas às Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA).

SAINDO A PÉ OU PELO RIO

No último sábado (04), os garimpeiros estavam deixando a área de mineração ilegal a pé ou pelo rio devido o bloqueio aéreo na região. Em vídeos compartilhados nas redes sociais, os relatos são de caminhadas de 30 dias e barcos lotados para deixar a região.

No domingo (05), o deputado federal Nicoletti (União Brasil RR) enviou ofícios ao presidente da República e aos Ministérios do Governo Federal solicitando um plano de ação urgente para a retirada dos garimpeiros das terras indígenas garantindo segurança, dignidade e transporte para um local adequado. Na mesma ocasião, os coordenadores do Movimento Garimpo é Legal também se reuniram para discutir uma ação de retirada.

Antes da situação, os helicópteros e aviões de pequeno porte eram os principais meios usados na logística e transporte de pessoas para a região de garimpo.