Cotidiano

Livro apresenta propostas socioambientais

De autoria de Edval Braga, o livro “Ações Ambientais Afirmativas” será lançado hoje no Palácio da Cultura

O professor da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e procurador do Estado, Edval Braga, está lançando, hoje, 15, o livro “Ações Ambientais Afirmativas” durante o evento “12 anos de Institucionalização da Procuradoria-Geral do Estado de Roraima”. O evento será no Palácio da Cultura, na Praça do Centro Cívico. A obra traz propostas e medidas socioambientais às cidades brasileiras com o objetivo de minimizar o impacto ao meio ambiente.

A proposta do livro é, conforme o autor, mudar a visão da sociedade sobre a questão ambiental no Brasil. “Hoje em dia, o tema é visto com um olhar romântico e filosófico. Mas é necessário que tanto o poder público como a sociedade o vejam como uma questão financeira, sabendo que é preciso adquirir recursos para minimizar e reduzir o impacto ambiental e suas externalidades”, comentou.

Segundo ele, o Brasil precisa mudar suas políticas públicas em relação à questão socioambiental. “O nosso intuito é lançar uma reflexão à sociedade, sabendo que as políticas atuais são praticamente inexistentes, de modo que a realidade da maioria dos municípios brasileiros é de esgoto a céu aberto, seja por lixo familiar ou industrial, que está sendo constantemente lançado em riachos e rios sem o tratamento adequado”.

A partir do livro, conforme o autor, a ideia central é, por meio da Universidade Federal de Roraima (UFRR), propor mudanças à legislação que possam subsidiar a questão ambiental no País. “Pretendemos apresentar projetos de pesquisa que possam servir aos prefeitos, governadores e deputados do nosso Estado e até mesmo do Brasil. Dessa forma, lançar uma luz para que o Século XXI seja o da revolução ambiental”, acrescentou.

Um dos exemplos citados por Braga, para que novas políticas sejam pensadas, é que o poder público precisa começar a colocar em suas leis orçamentárias despesas especificamente relacionadas à questão ambiental. “Não queremos criar um novo tributo à sociedade, mas sim repensar as transferências de recursos entre os estados, municípios e a União, de modo que se valorize e se crie condições para que as cidades que se adequarem às políticas públicas ambientais possam receber verba suficiente para combater o problema na região”, frisou.

De acordo com o autor, o modelo socioambiental atual é insustentável. “Todos os dias vemos nos veículos de comunicação notícias sobre o despejo inadequado de lixo em rios e riachos. Ou seja, é uma realidade que passou a ser algo insensível e insensato. Por isso, é importante que o poder público mude esse olhar, para que novas ideias e projetos possam surgir”. (B.B)