Nesta segunda-feira (23) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou 10 coordenadores de saúde indígena do Ministério da Saúde por conta da crise humanitária do povo Yanomami
O de Roraima foi um dos exonerados. Apesar da crise ser no Dsei Yanomami, Marcio Sidney Sousa Cavalcante foi exonerado do cargo de Coordenador Distrital de Saúde Indígena do Distrito Sanitário Especial Indígena – Leste de Roraima da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde.
As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).
Os servidores foram destituídos dos cargos nos estados do Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Roraima, região visitada por Lula no último sábado.
Crise Sanitária
O Ministério da Saúde declarou na última sexta-feira (20) emergência de saúde pública em razão da grave situação do povo Yanomami.
Segundo a pasta, mais de 500 crianças Yanomami morreram por desnutrição.
Devido a crise do garimpo ilegal na região, muitos indígenas do povo Yanomami morreram de desnutrição, diarreia e pneumonia.
O Ministério da Saúde disse através de nota, que desde o último dia 16 “equipes da pasta se depararam com idosos em estado grave de saúde, com desnutrição grave, além de muitos casos de malária, Infecção Respiratória Aguda (IRA) e outros agravos”
O presidente Lula afirmou que o abandono dos Yanomami na região é “um crime premeditado”
Mais médicos
No último domingo (22) o Ministério da Saúde anunciou que por conta da crise sanitária do povo Yanomami a pasta avalia acelerar um edital do Programa Mais Médicos.
O objetivo é recrutar profissionais formandos tanto no Brasil como no exterior para atuar nos Distritos Sanitários Indígenas (Dsei).