Fiscais do Ibama aprenderam mais de 600 m³ de madeira durante a operação “Origem”, realizada em Nova Colina, município de Rorainópolis, Sul do Estado. A apreensão aconteceu quinta-feira, 28, em parceria com a Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cipa) da Policia Militar, e foram necessários mais de 20 caminhões para retirar o produto do local. Ninguém foi preso.
Em contato com o responsável pelo Núcleo de Fiscalização do Ibama, Bruno Alves Gianfaldoni, que ainda estava no Sul do Estado no fim da tarde de ontem, ele informou que a madeira apreendida é ilegal e a maior parte estava escondida atrás do pátio de uma serraria.
“A apreensão ocorreu em duas serrarias no distrito de Nova Colina. As madeireiras são contumazes em cometer infrações e já foram autuadas, entre outras coisas, por extrair madeira dentro de terra indígena”, afirmou.
“Embora não tenha comprovação de origem, não é possível afirmar se é da terra indígena ou não. Mas há a possibilidade de ser da terra indígena Pirititi”, disse.
Gianfaldoni informou que a operação do Ibama na região começou no início de fevereiro, mas a ação específica de apreensão dessa madeira começou sexta-feira da semana passada.
“A madeira foi apreendida por meio de fiscalização e por não haver comprovação de origem lícita. Uma das madeireiras já estava suspensa por infrações anteriores”, afirmou.
Foram apreendidas madeiras em tora e serrada (beneficiada) de diversos tamanhos e larguras de massaranduba, ipê, angelim pedra, angelim ferro e cupiuba.
“A Prefeitura de Rorainópolis atuou como parceira na retirada da madeira e ajudou com empregados e combustível dos mais de 20 caminhões usados para levar a madeira”, informou. “Conseguimos também máquinas e veículos com outras empresas locais”, complementou.
O analista ambiental do Ibama Ari Alfredo informou que a madeira apreendida teve destinação imediata para órgãos parceiros, previamente cadastrados no Ibama, por risco de perecimento. Entre eles, foram contemplados a Prefeitura de Rorainópolis, Exército, Polícia Militar, Cipa, Funai, UFRR e IFRR.
Ele informou anda que a operação foi denominada de “Origem” numa referência ao Documento de Origem Florestal (DOF). “No caso da atual apreensão, de origem ilegal, desmatamento ilegal”, explicou.
De acordo Gianfaldoni, a madeira doada será usada, entre outras coisas, na construção e recuperação de pontes e escolas.
“O Ibama não é contra a indústria madeireira, o Ibama combate o desmatamento ilegal”, finalizou.