Cotidiano

Mãe de estudante envolvida em confusão diz que filha não cometeu bullying

A mãe conta que a filha foi agredida pela mãe da outra estudante na segunda-feira na saída da faculdade

Gisele Ferreira Costa é mãe de uma das estudantes envolvidas em uma confusão que culminou com uma briga generalizada nas dependências de uma faculdade particular na última terça-feira, 6. Ela procurou a Folha para contar sua versão dos fatos.

Segundo Gisele, no dia anterior ao ocorrido, (segunda-feira, 5), a filha N.N.C.C, de 22 anos, teria sido acusada de bullying e xenofobia por uma estudante de nacionalidade venezuelana.

“Minha filha foi agredida pela mãe dessa garota na segunda-feira na saída da faculdade, um vídeo mostra o momento que ela é agredida covardemente. Nesse mesmo dia, fizemos uma queixa na Polícia e comunicamos a faculdade sobre o ocorrido”, contou.


Imagem da agressão sofrida por N.N.C.C, no dia anterior (Foto: Reprodução)

Ainda segundo Gisele, no dia seguinte pela manhã, ela foi até a administração da faculdade e teria sido informada de que seriam disponibilizados seguranças para o local, para evitar que houvesse outra agressão.

“Fomos orientados a retornar a noite para falar com o coordenador do curso, mas quando chegamos no local, fomos surpreendidos pela presença da outra estudante acompanhada da mãe, e três homens, que já partiram para cima da gente”, lembrou.

A mãe da estudante conta que mesmo o marido sendo um policial militar, ele em nenhum momento partiu para agressão ou ameaça das pessoas que estavam ali.

“Somos pessoas de bem, fomos lá apenas para resolver da melhor forma a situação e eles nos agrediram de forma covarde, e um funcionário da faculdade ainda me segurou para que me batessem”, diz a mulher

Segundo Gisele, a filha em nenhum momento teria cometido bullying contra a estudante venezuelana, e que após o ocorrido a jovem já pensou até em trancar o curso.

Duas estudantes também informaram a Folha, que foram coagidas pela mãe da jovem venezuelana. “Ela foi dentro da nossa sala nos ameaçar”, contam.

SUSPENSÃO DAS AULAS – Na quarta-feira, 7, N.N.C.C foi ouvida pela Comissão de Processo Administrativo Disciplinar da faculdade, que determinou a suspensão da aluna por 15 dias até que o caso seja apurado. “A minha filha é a verdadeira vítima dessa história e está sendo suspensa e corre o risco de expulsão. É inadmissível”, disse Gisele.

FACULDADE – A reportagem entrou em contato com a instituição de ensino e aguarda retorno.