A mãe de uma bebê, que fazem uso de Botton Gastrotomia, utilizado para auxiliar na alimentação, entrou em contato com a Folha BV para denunciar que o dispositivo está em falta na rede municipal.
A.H.A., de 27 anos, que é mãe de A.E.H.C., uma menina de 2 anos, que possui a síndrome rara Dravet, denunciou que a filha precisa fazer a troca do material, porém não tem na rede pública. Com isso, ela gasta em média R$ 200 por mês.
“Estamos tirando do nosso bolso uma coisa que não temos condições de arcar e é responsabilidade da Prefeitura fornecer para os pacientes. Não é só a sonda que a minha filha utiliza e muitas vezes, esse material não vem completo”, explicou.
A menina utiliza o de 16 fr, de 0.8 cm, a quase um ano e precisa fazer a troca do dispositivo nos próximos meses. Além disso, A.H.A. disse que algumas crianças estão fazendo o uso de Botton com numeração diferente da indicada pelos médicos e outras não estão recebendo o dispositivo.
Ainda conforme a mãe, o material que é solicitado pelos médicos como gaze, soro, seringa, luva estéril, entre outros itens, chega de forma incompleta até os pacientes, que também precisam fazer a compra.
Em maio, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio de nota, informou que o botton de gastrostomia já foi comprado e a solicitação para entrega, encaminhada à empresa. Como se trata de uma sonda importada, o fornecedor tem até o dia 25 de junho para entregar o material à SMSA.
O botton é um dispositivo de silicone que fica na região do abdômen da menina, onde há uma gastrotomia que permite a alimentação por sonda. E precisa ser trocada a cada um ano.
Sobre o caso de A.E.H.C., a reportagem entrou em contato com a Prefeitura, que se manifestou por meio da seguinte nota:
“A prefeitura de Boa Vista informa que não procede a afirmação que algumas crianças estão utilizando o botton com numeração diferente da indicada pelo médico. Em junho, o Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) recebeu da empresa fornecedora os bottons comprados e os entregou para as famílias das crianças que necessitam do equipamento. Apenas uma criança ficou sem receber, porque a numeração solicitada pelo médico não é fabricada no Brasil. Diante da situação, o HCSA entrou em contato com a família para que o médico prescreva uma nova numeração a ser utilizada pela criança.
Quanto a afirmação que o material solicitado pelos médicos, como gaze, soro, luva estéril, entre outros itens, chega de forma incompleta aos pacientes, não é verdadeira. De acordo com a Superintendência de Assistência Farmacêutica (SAF), é entregue na sua totalidade conforme a prescrição médica.”
