Cotidiano

Mafirr oferecerá novo produto para piscicultura

Em torno de dois meses, será reativado a produção da farinha de sangue e o abate de suínos no matadouro

Dentro de cerca de um mês, o Matadouro Frigorífico de Roraima (Mafirr), da Codesaima (Companhia de Desenvolvimento de Roraima), estará produzindo a farinha de sangue, utilizada pela piscicultura.

“A produção deste subproduto ficou parada por 10 anos e agora iremos reativar”, informou o diretor-geral, Rosivaldo Zamith de Oliveira, destacando que produção diária deve equivaler em torno de 50 a 80 sacas.

Além disso, em torno de dois meses será reativado o abate de suínos, o que só aguarda a chegada de algumas peças e limpeza da estrutura para ser iniciado.

Os animais serão abatidos e ficarão na câmara frigorífica do Mafir, sendo cobrada uma taxa de resfriamento.

Ainda não há uma quantidade exata para o abate, mas a legislação do Mapa Ministério da Pecuária e Abastecimento (Mapa) permite um abate diário de até 100 suínos.

Essas melhorias já geram resultados positivos nos números: de R$ 98 mil de faturamento em dezembro de 2014 passou para R$ 386 mil em janeiro; R$ 276 em fevereiro (a redução deve-se ao período de carnaval e por ser um mês com menos dias) e R$ 396 mil (fora a taxa de resfriamento) em março.

Segundo o diretor-geral, os resultados positivos já foram conquistados, dentre outros, pela redução no consumo de lenha, maior controle dos subprodutos e aumento da produção.

O diretor esclarece também que novas medidas ainda serão cumpridas. “Recuperação de câmaras frigoríficas que nunca tiveram manutenção, já que quatro delas estão paradas há anos sem manutenção, está entre as próximas iniciativas”, destaca o diretor-geral.

Além da questão financeira dos trabalhadores do Mafirr. “Meu sonho é de que, depois de organizada a estrutura e a questão financeira, possamos também melhorar o salário dos funcionários” garantiu.

MELHORIAS

Nos 100 dias de Governo, iniciativas realizadas garantiram aumento do faturamento do Mafirr de R$ 96 em dezembro de 2014 para R$ 396 mil em março de 2015, apesar do sucateamento e o desequilíbrio financeiro encontrados pela nova gestão.

A falta de manutenção nos equipamentos que possuem muitos anos de uso foi o motivo do sucateamento encontrado. Por isso, algumas iniciativas já foram tomadas, entre elas, a troca do painel elétrico da caldeira, que já estava ultrapassado e uma estrutura colocada no meio da caldeira, na parte interna – que garantiu redução do consumo de lenha.

“Reduzimos de 20 para sete metros mensais a quantidade de lenha utilizada, além de dar mais segurança aos funcionários, que agora não precisam chegar tão perto da caldeira para colocar a lenha, o que, com o vapor, irritava os olhos e o corpo”, explica o coordenador industrial do Mafir, Alcimir Mota.

Segundo ele, até dezembro, a graxaria só funcionava com um digestor. Hoje, são dois em funcionamento e um terceiro que já está em processo de revitalização, o que deve ocorrer em torno de um mês. “Em dezembro, foram produzidas 89 sacos de farinha e, março, foram mais de 500”, pontua o coordenador-geral, dizendo que é importante ressaltar que toda a farinha tem o selo de inspeção federal. Além disso, a estrutura física da graxaria, em breve, passará por uma pintura.

ESTRUTURA

No corredor onde ficam os animais antes do abate, foi recuperada a parte elétrica. A média é de 200 a 250 de animais abatidos diariamente, mas, neste período de estiagem, a quantidade está reduzida. “A previsão de que a partir de julho, com o início das chuvas, esses números comecem a melhorar”, aponta Alcimir Mota.

ALIMENTAÇÃO

A alimentação dos funcionários também é prioridade nesta gestão. Os 240 funcionários do Mafirr recebem duas refeições diárias – café da manhã e almoço – e tudo é feito na própria cozinha, com envolvimento de sete profissionais. O chefe do setor de cozinha é Isaac Nascimento dos Santos, que explica que existe o cuidado de oferecer alimentos saudáveis e com variedade, primando sempre pela qualidade.

“Os funcionários precisam estar em condições de trabalhar, então a alimentação foi um dos primeiros itens que mudei”, destaca o diretor-geral, Rosivaldo Zamith de Oliveira.

As diferenças já são percebidas pelos funcionários. “Antes, todos os dias era a mesma coisa e quando estamos com fome, comemos. Mas agora está 100% melhor, com tempero mais gostoso e mais variedade”, diz José Raimundo da Costa, encarregado do setor, que trabalha há 22 anos no Mafir.

Fonte: Secom