Cerca de 22,5 toneladas de alimentos estão sendo entregues a comunidades que vivem na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Serão 1.003 cestas básicas entregues a famílias indígenas em situação de vulnerabilidade social. Os alimentos foram adquiridos com recursos da Fundação Nacional do Índio (Funai), e começaram a ser entregues na última sexta-feira, 10.
Tendo em vista a dificuldade de locomoção e acesso às áreas indígenas, o transporte dos alimentos requer uma logística de distribuição com roteiros aéreos e terrestres, envolvendo a organização e mobilização dos esforços de diferentes órgãos. Um avião de grande porte da Força Aérea Brasileira (FAB) transportará as cestas da capital Boa Vista para a região de Surucucu. Desse ponto, os itens serão levados até as aldeias por helicópteros do Exército Brasileiro.
A ação contemplará comunidades indígenas das regiões de Parima, Kayanaú, Parafuri, Xitei, Hakoma, Homoxi, Haxiu e Surucucu. Participam também da força-tarefa o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) e da Polícia Federal, e o Ministério da Defesa, por meio do Exército.
No contexto da pandemia do novo coronavírus, a Funai informou que já investiu cerca de R$ 90 milhões em ações de prevenção à covid-19 no país, entre elas a garantia da segurança alimentar das comunidades indígenas. Só em Roraima, foram quase R$ 3 milhões investidos e cerca de 10 mil cestas básicas entregues nas aldeias do estado.
Em todo o Brasil, desde o início da pandemia foram distribuídas 1,1 milhão de cestas de alimentos a mais de 200 mil famílias indígenas. Um total de 25 mil toneladas. De acordo com a Funai, a medida colabora ainda com o isolamento social das comunidades, contribuindo para que os indígenas permaneçam nas aldeias e evitem deslocamentos, reduzindo, assim, o risco de contágio pelas variantes da covid-19.