Cotidiano

Mais de 25 caminhoneiros atravessam fronteira

Depois de quase uma semana de espera, 24 carretas brasileiras conseguiram fazer a travessia para Pacaraima, na fronteira com a Venezuela. A passagem aconteceu na manhã de ontem, 27, devido A uma negociação entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Pacaraima com as autoridades venezuelanas.

A passagem dos mais de 25 caminhoneiros já havia sido anunciada pelo coordenador da Força-Tarefa Logística Humanitária em Roraima, Georges Kanaan. A previsão era que os caminhoneiros viessem com os turistas para Pacaraima, porém, foi necessário um trâmite maior para liberação dos veículos e das cargas.

Previamente, os caminhoneiros relataram à Folha que as condições de permanência na Venezuela eram precárias, com alguns dos trabalhadores sem poder tomar banho, se alimentar ou ter água potável, porém, sem poder abandonar seus veículos que são a maior parte de geração de renda de muitas famílias.

REUNIÃO – O governador de Roraima, Antonio Denarium, também se reuniu na tarde de ontem, 27, com o governador do Estado de Bolívar, Justo Noguera, e outras autoridades venezuelanas para tratar justamente sobre o conflito na fronteira e as alianças comerciais na região. Denarium solicitou que fosse aberta a fronteira entre os países, porém, ainda não há uma previsão para que isso ocorra.

Além de Denarium e Noguera, também estiveram presentes na reunião o prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato, o secretário de Comunicação do Estado, Marcos Marques, e os ministros do país vizinho Aristóbulo Izturis, da Educação, Luis Alberto Medina, da Alimentação, Aloa Nuñes, dos Povos Indígenas, e Yelitza Santaella, governadora do Estado de Monagas.

A informação é que a reunião teve como tema especialmente a questão comercial e o setor empresarial de ambos os Estados, em especial, a passagem de caminhões com mercadorias entre os países.

“Os acordos comerciais vão continuar, será tudo retomado novamente. Muita coisa será afinada para que os caminhoneiros brasileiros não tenham problema com passagem pela Venezuela”, informou uma fonte à Folha. (P.C.)