As atividades de combate à violência doméstica agora se tornaram um serviço essencial, não podendo ser suspensas neste momento de enfrentamento a Covid-19, conforme lei federal sancionada neste mês. Em Roraima, o Poder Legislativo já vem lutando nesta causa e mesmo com a suspensão dos serviços presenciais, manteve o Zap Chame (95) 98402-0502 para orientar e encorajar vítimas a denunciarem este crime.
Desde o mês de março, a equipe do Chame (Centro Humanitário de Apoio à Mulher), realizou 355 atendimentos, destes 200 relacionados agressão física, psicológica, moral e patrimonial. “Então, essa ferramenta tem colaborado muito, porque quando as mulheres entram em contato, elas encontram um atendimento com pessoas qualificadas para atender, encaminhar e orientar no que ela estiver necessitando”, informou a advogada do Rosana Fernandes
Ela informou que, devido ao isolamento social por conta da pandemia, houve um crescente aumento nos casos de violência doméstica tanto no Estado como no Brasil todo. A equipe do Chame recebeu mensagens de mulheres de Amajari, Bonfim, Mucajaí, Pacaraima e Rorainópolis, também de outros estados como São Paulo, Paraná, Fortaleza e Rio de Janeiro. Por meio da ferramenta, é prestado todo auxílio, desde o suporte psicológico até o jurídico. O atendimento virtual funciona 24 horas, inclusive aos sábados, domingos e feriados.
Os casos em Roraima são encaminhados para a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher. Segundo a delegada Jaira Faria, os serviços continuam normalmente mesmo durante a pandemia. “Nós tomamos as medidas cabíveis. Aqui na Casa da Mulher Brasileira, onde temos atendimentos de psicólogos, temos alojamento se for o caso, quando a mulher não tem para onde ir, para ficar resguardada a sua segurança naquele momento”, explicou.
Mesmo com o distanciamento social, ela explicou que a delegacia segue com atendimento das 7h30 até as 19h30, com registro de boletim de ocorrências, atendendo as demandas encaminhadas pela Polícia Militar e na solicitação de medidas protetivas de urgência. Aos finais de semana e feriados, os atendimentos ocorrem pela Central de Flagrantes.
Outros canais de denúncias
Além do Zap Chame, a vítima pode fazer denúncias pela Central de Atendimento à Mulher (180), pela Polícia Militar – 190, ou diretamente na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), que funciona na Casa da Mulher Brasileira, onde a mulher pode registrar um boletim de ocorrência. A instituição também recebe demandas de outras delegacias e órgãos.