Um grupo de manifestantes se reuniu na manhã de hoje, 18, em frente à sede do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) para tratar da questão da regularização fundiária do Estado.
O manifesto é organizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), com apoio da Associação dos Trabalhadores de Bom Intento, sindicatos e movimentos sociais.
O objetivo da ação é protocolar um documento para solicitar uma audiência com o presidente do TJRR pra discutir a questão dos processos que envolveram a regularização fundiária nas áreas do Passarão, Bonfim, Cujubim Beira Rio, Bom Intento e Cantá, entre outros. Eles solicitam que os processos que envolveram grilagens de terra e resultaram no despejo de centenas de famílias de agricultores sejam revistos.
“As casas dessas famílias foram queimadas, as plantações foram destruídas por que a Justiça deu ganho de causa pros ditos proprietários e parte desses títulos estão envolvidos em operações de grilagens de terra. Nós estamos solicitando as revisões desses processos pra que as famílias possam retornar a terra e cumprir a função social da terra que é produzir alimentos”, disse Maria José, da Comissão Pastoral da Terra.
Segundo o agricultor Cícero Pereira, que foi despejado de sua casa na região do Passarão, zona Rural de Boa Vista, em 2013, houve uma cadastro na época para garantir que as famílias fossem reassentadas em outra área. “A única segurança que a gente teve era que o Iteraima (Instituto de Terras de Roraima) fez um cadastro da gente e assegurou outra área pra assentar a gente, o que no caso ainda não aconteceu”, relatou.