Neste feriado de 2 de novembro, centenas de pessoas realizam uma manifestação pacífica em frente ao quartel da primeira BIS (Brigada de Infantaria de Selva), no bairro Marechal Rondon, em Boa Vista.
Os manifestantes contestam o resultado das eleições ocorridas no último domingo (30) e pedem intervenção federal.
Uma mensagem compartilhada em grupos de WhatsApp bolsonaristas mostram a orientação de uma advogada a mudar o discurso de intervenção militar e basear a tônica golpista no artigo 142, da Constituição Federal, para não “invalidar” a manifestação.
“A manifestação tem que ficar clara que não é porque o Bolsonaro perdeu e sim porque não queremos um ladrão no governo, isso é para não perdermos o Bolsonaro e não tornar inválida as manifestações”, diz trecho da mensagem.
As manifestações iniciaram na segunda-feira (31), em alguns trechos da rodovia federal BR-174. Mas por conta de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a PRF (Polícia Rodoviária Federal) agiu para desbloquear as vias em todo o País.
Diversas pessoas, inclusive famílias com crianças, participam do ato em Roraima, que de acordo com eles, não é a favor de Bolsonaro, derrotado no domingo, mas sim a favor da liberdade, pátria e família. “Não estamos aqui por causa dele. Estamos aqui por causa dos nossos filhos, netos porque não queremos comunismo aqui, somos contra tudo que a outra parte prega”, disse o manifestante Ricardo Alonson, de 65 anos.
Os manifestantes, em grande maioria, estão vestidos com roupas verde e amarela e segurando bandeiras do Brasil. O hino nacional também é tocado diversas vezes.
A organização disse aos participantes que é proibido o consumo de bebidas alcoólicas.
Bolsonaro obteve 58.206.354 votos enquanto o seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente da República com 60.345.999.