O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) recomendou o fechamento do Mafir (Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima) devido a problemas estruturais na unidade, que está sem funcionar desde o início da semana e deve permanecer com as atividades suspensas por pelo menos mais 10 dias.
O órgão exige que o Governo do Estado cumpra uma lista de exigências, contendo 54 itens para readequação do matadouro, sob risco de retirar o SIF (Serviço de Inspeção Federal) do órgão. Somente entre 2015 e este ano, o local já foi interditado outras quatro vezes em razão dos mesmos problemas.
Sem o Mafir, a alternativa para manter o abastecimento de carne no mercado local é adquirir o produto do Matadouro do Município de Cantá, na região Centro-Leste do Estado, onde os pequenos criadores estão tendo que abater os animais.
À Folha, o diretor-presidente da Codesaima (Companhia de Desenvolvimento de Roraima), órgão responsável pela gestão do Mafir, Ronaldo Nobre, afirmou que o governo já vem realizando as melhorias impostas pelo Mapa. “Existe um plano de readequação e modernização que estamos executando”, informou.
Segundo ele, dos 54 itens impostos pelo órgão regulador, 40 são estruturais e estão relacionados à reforma e manutenção do prédio. “Já estamos com equipe fazendo isso e os demais itens são partes sanitárias. Contratamos uma consultoria e estamos tocando isso em paralelo”, explicou.
O diretor-presidente garantiu que a possibilidade de fechamento definitivo do Mafir é nula e que a suspensão dos abates não gerará prejuízos aos consumidores. “Em no máximo 10 dias o Mafir deve votar às atividades. Nós vamos continuar abatendo e atendendo principalmente o pequeno produtor pecuarista”, afirmou.
Caso o matadouro perca o SIF, o governo levanta a possibilidade de implantar o SIE (Serviço de Inspeção Estadual), o que tornaria a Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima) como o órgão regulador.
Atualmente, o Mafir possui capacidade para abater cerca de 300 bovinos por dia, mas trabalha com um terço da capacidade. “As regras sanitárias vão ser cumpridas, mas têm itens em que faremos processo licitatório para aquisição, como equipamentos. Ainda assim iremos reabrir”, informou Nobre. (L.G.C)