Uma mulher denuncia que o Hospital Geral de Roraima (HGR), o único do estado que atende urgências e emergências no Trauma, está sem o medicamento Alteplase, responsável por reduzir a mortalidade em casos de AVC (Acidente Vascular Cerebral).
O Alteplase é essencial no tratamento da embolia pulmonar (obstrução de artéria do pulmão) aguda maciça e do AVC isquêmico agudo.
“Qualquer um de nós ou parente pode ter um infarto ou AVC, e se estiver em via pública e for levado pro HGR, mesmo que tenha como parar em hospital privado, primeiro vai pro HGR e aí, não tem mais jeito. Porque a medicação tem que ser ministrada com urgência para evitar óbito e sequelas cerebrais”, explicou a mulher, que pediu anonimato,
A denúncia foi protocolada nesta quinta-feira (16) no Ministério Público Federal (MPF), no Ministério Publico Estadual (MPE-RR) e na Polícia Federal (PF). Em um trecho, ela reforça a importância do Alteplase.
“No Brasil, a grande maioria do serviço de emergência não possui centros de hemodinâmica e nem capacidade rápida de transferência (assim como o Hospital Geral de Roraima), portanto, a trombólise farmacológica se faz a terapêutica habitual. É efetivo nas primeiras 12 horas do início dos sintomas (especialmente nas primeiras 3 horas). A medicação reduz mortalidade e as complicações da doença”, escreveu.
Sesau diz que medicamento falta em todo o Brasil
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) diz que o medicamento falta em todo o país e que, apesar disso, o Governo de Roraima tenta solucionar o problema, inclusive com o uso de um remédio substituto. A pasta esclarece, embora não tenha conseguido adquirir o Alteplase, tenta efetuar a compra direta por requerimento administrativo, e por dispensa de licitação em andamento.
Veja a íntegra da nota da Sesau
“A Secretaria de Saúde informa que a falta do medicamento ALTEPLASE (T-PA ou rt-PA) está ocorrendo em todo o território nacional, mas que o governo tem buscado solucionar a questão de todas as maneiras, inclusive com o uso de um medicamento substituto.
Esclarece ainda que apesar de não ter tido êxito no processo anual para aquisição do medicamento, a Sesau tenta efetuar a compra direta por requerimento administrativo, e por processo de dispensa de licitação que está em andamento.”