Cotidiano

Médicos denunciam atraso de dois meses de salários

Médicos contratados para trabalhar nas unidades do governo do Estado, por meio da Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde (Coopebras), denunciaram à Folha que estão com dois meses de salários atrasados. A reportagem ouviu três profissionais que confirmaram o atraso no pagamento. Eles afirmaram que o problema começou em novembro do ano passado e que estão sem receber parte dos salários daquele mês e ainda aguardando o pagamento de janeiro.

“Sem receber salários, fica difícil trabalhar. Temos nossa vida pessoal, nossos compromissos financeiros. Isso aliado à constante falta de material hospitalar e de medicamentos acaba afetando o desempenho no trabalho, por mais que sejamos profissionais”, desabafou.

Em contato com a direção da Coopebras, foi confirmado atraso do repasse pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) para parte do pagamento de novembro e do rapasse total de janeiro para as contas de fevereiro.

“O repasse referente ao mês de janeiro para pagamento de aproximadamente 465 cooperados já deveria ter sido feito no início de fevereiro, mas ainda não foi feito pela Sesau”, afirmou um dos diretores da cooperativa médica, que pediu para não ser identificado. Quanto aos valores do contrato mensal do governo como Coopebras e aos que estão em atraso e aguardando repasse, o diretor afirmou que não estava autorizado a informar. 

Ele confirmou ainda a existência de uma folha pendente de parte do pagamento de 55 médicos cooperativados, referentes ao mês de novembro, que também aguarda o repasse para ser transferido para as contas dos médicos.

“Esse atraso depende do repasse que deveria ter sido feito pela Secretaria de Saúde e que aguardamos até hoje para que possamos quitar o salário de alguns profissionais”, disse. “A cooperativa tem cobrado do governo e estamos aguardando as transferências para repassar para os médicos”, afirmou.

NÃO RESPONDERAM – A Folha tentou contato telefônico, por e-mail e por WhatsApp com o presidente do Sindicato dos Médicos de Roraima (Simed/RR), Antônio Delmiro, com a assessoria Conselho Regional de Medicina (CRM) e com o governo Estado.

O presidente do Sindicato dos Médicos não atendeu às ligações, “visualizou” as mensagens enviadas para seu celular, mas não as respondeu; a assessoria do CRM informou que a presidente estava numa reunião em Pacaraima e ficou de retornar, o que não aconteceu até o fechamento desta edição.

O governo do Estado também não respondeu aos questionamentos sobre o atraso de repasses.