Cotidiano

Médicos e enfermeiros do interior participam de capacitação

O treinamento dará aos profissionais de saúde aptidão para identificar casos de Chinkungunya para então realizarem de forma imediata a notificação e o tratamento.
A Fundação Universidade Virtual de Roraima (Univir) será a plataforma para treinar profissionais médicos e enfermeiros do interior do estado nesta segunda-feira, 29, sobre a febre Chikungunya.
A capacitação faz parte das medidas adotadas logo após a suspeita de o vírus Chik ter entrado em Roraima pelo país vizinho, a Venezuela.
O evento será promovido pela Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde (CGVS), e será a segunda capacitação para profissionais de saúde sobre a doença.
A novidade desta vez é que esta será voltada para os que atuam nas Unidades Básicas e hospitalares do interior.
A capacitação será dividida em duas turmas, uma pela manhã das 9h ao meio dia e a outra turma será capacitada das 15h às 18h. O objetivo é de treinar os profissionais em relação ao manejo clínico, as formas de identificação da doença e sobre o tratamento da sintomatologia.
De acordo com o gerente estadual do Núcleo de Controle da Dengue e Febre Amarela (NCFAD), Joel Lima, os profissionais de saúde da capital também deverão participar do treinamento. “Na primeira capacitação, que foi direcionada aos médicos e enfermeiros da capital, alguns profissionais não puderam participar por estarem de plantão”, lembrou.
A capacitação será realizada de forma virtual através de videoconferência para os profissionais do interior.
“Apenas os profissionais da capital participarão de forma presencial. Para estes, o treinamento ocorrerá no auditório da Univir”, esclareceu Lima, enfatizando que essa metodologia facilita e agiliza o treinamento, por não haver a necessidade de deslocamento do interior, diminuindo também o tempo em que os profissionais terão de permanecer fora do seu local de trabalho. A expectativa é que cerca de 200 profissionais sejam capacitados.
A médica infectologista da CGVS, Maria Soledade Benetti, ministrará a palestra à turma da manhã. Ela participou do primeiro treinamento no último dia 09, ministrado por um médico infectologista enviado do Ministério da Saúde (MS) e agora é multiplicadora das informações.
No período da tarde, a médica infectologista do Hospital Geral de Roraima, Alessandra Martins, ministrará o treinamento.   A capacitação dará aos profissionais de saúde aptidão para identificar possíveis casos de Chinkungunya para então realizarem de forma imediata a notificação e o tratamento dos sintomas. O gerente do NCFAD ressalta que a partir da capacitação os profissionais terão um olhar mais clínico para a situação.
SINTOMAS CHIKUNGUNYA Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares. Quem tiver estes sintomas da doença deve procurar um posto de saúde o quanto antes.
Para a população que sentir os sintomas de dengue ou da febre Chikungunya, Lima orienta que os Centros de Saúde estão preparados para realizarem o diagnóstico e iniciar o tratamento. “Apenas em casos mais graves, o próprio médico deverá encaminhar o paciente às unidades mais estruturadas”, disse ele.
Lima alerta que diante da situação de infestação em todo o estado por Aedes Aegypti, o mosquito transmissor do vírus da dengue e da febre Chik, o risco de epidemia é muito grande. “A participação da população é fundamental, pois o principal criadouro do mosquito é o lixo doméstico”, ressaltou o gerente, orientando a população para a retirada de depósitos que possam acumular água, para o acondicionamento adequado do lixo doméstico em sacos fechados e protegidos da chuva.
Ele afirma que estas medidas são primordiais para a redução do risco de epidemia desta doença que pode levar a uma incapacidade temporária prolongada. Na primeira capacitação pelo MS, 95 médicos, 68 enfermeiros e 23 outros profissionais como farmacêuticos, acadêmicos de medicina e de enfermagem foram treinados.
PREVENÇÃO Sobre a prevenção, valem as mesmas regras aplicadas à dengue: ela é feita por meio do controle dos mosquitos que transmitem o vírus. Portanto, evitar água parada, que os insetos usam para se reproduzir, é a principal medida. Em casos específicos de surtos, o uso de inseticidas e telas protetoras nas janelas das casas também pode ser aconselhado.
Fonte: Sesau