As ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, comunicaram a permanência das ações contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. As atualizações foram dadas nesta quarta-feira (10) em entrevista coletiva na sede do Ibama em Boa Vista.
Os ministros vieram ao estado para visita à TIY após reunião com o presidente da República, Lula, para anunciar que irá reforçar o combate ao garimpo no território. Segundo Guajajara, foi possível analisar que o garimpo tem voltado à área e as ações de combate à atividade serão permanentes.
“Tivemos as informações de retorno do garimpo e agora saindo dessa etapa de ação emergencial, que aconteceu em 2023, para ações permanentes aqui no estado de Roraima. Em especial no território será instalada uma Casa de Governo, será destinado um recurso extraordinário, além das bases [de proteção ambiental] que serão instaladas” explicou a ministra.
O recurso extraordinário é o valor de R$ 1,2 bilhão para investimento na região. Conforme as ministras, serão para reforma e construção de postos de saúde, continuidade da fiscalização, com presença permanente da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Forças Armadas.
Casa de Governo
A Casa de Governo permanente servirá para gerenciar, presencialmente, o conjunto de medidas implementadas e evitar a invasão na Terra indígena.
“As ações que foram feitas, a conclusão que chegamos aqui é que ainda não são suficientes. As lideranças indígenas o tempo todo nos manda informação e a determinação do presidente Lula é que a desintrusão vai continuar. […] A Casa de Governo é uma demonstração dessa prioridade”, disse Marina.
Devem compor essa estrutura órgãos federais, como Ministérios do Meio Ambiente, dos Povos Indígenas e dos Direitos Humanos, além da PF e da Agência Brasileira de Inteligência. A ação permanente também contará com o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai).
Saúde indígena
Na saúde, o secretário da Sesai, Weibe Tapeba, informou ainda que a licitação para a construção do Hospital de Retaguarda na Casai-Y já foi enviada, assim como outras demandas na área. Ele reforçou que atividade ilegal na região é um risco para a vida dos indígenas e ao povo Yanomami.