A Hutukara Associação Yanomami (HAY) apontou que a não identificação de novas áreas de garimpo na Terra Indígena Yanomami não significa que a atividade ilegal acabou na região. A associação emitiu nota nesta quarta-feira (21).
No documento, Hutukara explica que, há anos, acompanha dados de desmatamento na TI e que está na organização de novas informações para o segundo semestre. No entanto, as lideranças da região teriam relatado continuidade de garimpeiros, mesmo com a diminuição da atividade e não identificação de áreas pela Polícia Federal.
Ontem (20), a PF divulgou que em 33 dias, entre maio e junho, não houve identificação de novas áreas de garimpo na Terra Yanomami. Sendo esta, desde o início do monitoramento em 2020, a primeira vez que “se observa a ausência de alertas de garimpos por um período tão longo de tempo”.
Por outro lado, Hutukara reforçou que é precipitado afirmar que os dados de desmatamento zeraram. “Pelo tamanho da destruição da floresta, com anos de invasão e desmatamento […] esses dados não correspondem com a realidade que vivemos na Terra Yanomami porque a invasão do garimpo não acabou. A nossa Terra-Mãe continua sendo destruída”, finaliza a nota.