A Terra Indígena Yanomami já contabiliza 4.123 hectares de áreas desmatadas pela ação do garimpo ilegal, o equivalente a quatro mil campos de futebol. A informação foi dada pelo Greenpeace Brasil, que identificou 50 novos hectares devastados entre julho e setembro deste ano.
Os dados, divulgados exclusivamente à Agência Brasil, foram obtidos por meio de imagens dos satélites Planet Lab e Sentinel-2, que revelaram um aumento de 32% na área de garimpo em comparação ao mesmo período de 2023. O Greenpeace alerta para o avanço de novas fronteiras de mineração no Sul do território indígena, além de áreas de garimpo no Parque Nacional Pico da Neblina, região próxima à reserva.
O cenário apresentado pelo Greenpeace contrasta com as informações divulgadas pelo governo federal no início de outubro: “alegando que no mês de setembro não foi identificado nenhum novo garimpo na região”.
Em nota recente, a Casa Civil afirmou que, desde o início das operações de combate ao garimpo ilegal em março de 2024, houve uma queda de 96% na abertura de novos garimpos em comparação com 2022. Somente em setembro deste ano, segundo o governo, foram realizadas 2.048 operações na Terra Yanomami, sem registro de novos focos de mineração.
*Com informações da Agência Brasil