O desmatamento na Amazônia registrou uma queda de 45,7% entre agosto de 2023 e julho de 2024, totalizando 4.314,76 quilômetros quadrados (km²) desmatados. Este é o menor índice desde o início da série histórica em 2016, conforme divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) através do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter).
Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (7) pelos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima e da Ciência, Tecnologia e Inovação. O número ainda é uma melhoria significativa em relação à redução de 7,4% observada no período anterior.
Durante o período analisado, a Amazônia teve uma redução absoluta de 3,6 mil km² em desmatamento. No entanto, em julho de 2024, os alertas de desmatamento cresceram 33% em comparação com o mesmo mês de 2023. Segundo João Paulo Capobianco, secretário-executivo do MMA, esse aumento é esperado devido à sazonalidade do desmatamento no mês de julho, que historicamente registra índices mais altos.
Políticas Públicas
Os números refletem uma diminuição no desmatamento em toda a região amazônica, incluindo os quatro estados mais críticos: Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia. A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, interpretou os dados como uma confirmação de que as políticas públicas estão surtindo efeito.
“Estamos aprimorando nosso monitoramento e cumprindo as metas e acordos internacionais. O enfrentamento ao aquecimento global é urgente e requer medidas sistemáticas e eficazes para coibir o desmatamento”, declarou Santos.
O governo também destacou que esses resultados seguem o lançamento do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) em junho de 2023. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfatizou a importância dos esforços contínuos do plano, destacando que todos os eixos do plano estão ativos, não apenas as atividades de monitoramento e controle ambiental.
“O ordenamento territorial e fundiário é igualmente crucial. Reduzimos o desmatamento ao destinar adequadamente as áreas não destinadas, incluindo unidades de conservação e terras indígenas. Nosso objetivo é alcançar o desmatamento zero”, afirmou Silva.
*Com informações da Agência Brasil