Neste domingo (7), o programa “Agenda da Semana” destacou o potencial mineral do Estado de Roraima, recebendo como convidado o geólogo Salomão Cruz. Durante a entrevista, Cruz fez um paralelo entre Roraima e o Congo, destacando a riqueza geológica do subsolo congoles e sua economia frágil.
O geólogo falou sobre a presença da cassiterita no Estado. Segundo ele, o existem mais de 30 corpos graníticos que podem ou não possuir o mineral.. “O Congo é chamado de aberração geológica porque é o subsolo mais rico do mundo. No caso de Roraima, identificamos 37 corpos graníticos na parte Oeste, visíveis por satélite. Pelo menos 3 ou 4 desses corpos já foram confirmados com presença de cassiterita”, explicou Salomão Cruz.
Sobre a suposta presença de ouro na região da Raposa Serra do Sol, o geólogo insistiu na importância da pesquisa in loco, refutando teorias de conspiração. “Os satélites identificam a estrutura do corpo, mas para confirmar a presença de minerais, é necessário ir lá. Insisto nisso. Por exemplo, a cassiterita, rocha que contém estanho. Como posso identificar estanho a 25km de altura? Tem que ir lá para averiguar”, afirmou.
Salomão Cruz também abordou a crença de que Roraima seria a maior província mineral do mundo, exemplificando minerais comuns na região. No entanto, ele ressaltou a impossibilidade de afirmar quantitativamente as reservas.
“Falar que Roraima é a maior província mineral do mundo é um absurdo, porque é preciso quantificar. Não temos trabalhos de pesquisa que avaliem essas reservas. Além disso, temos o petróleo, sabemos que existe, mas é necessário intensificar as pesquisas e perfurações para determinar sua comercialidade”, concluiu o geólogo.