Garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami reduz 75% no primeiro semestre

A queda na atividade de garimpo ilegal também reflete na melhoria da qualidade das águas dos rios da região

Garimpo na Terra Indígena Yanomami (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Garimpo na Terra Indígena Yanomami (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Dados mais recentes do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão vinculado ao Ministério da Defesa, revelaram que o número de alertas de garimpo na Terra Indígena Yanomami caiu de 219,67 hectares para 53,67. Essa comparação, realizada entre os períodos de janeiro a junho de 2023 e de 2024, representa uma redução de 75%. Em 2022, os alertas foram de 814,81.

A queda na atividade de garimpo ilegal também reflete na melhoria da qualidade das águas dos rios da região. Em observação realizada pelo Censipam, via imagens satelitais, é possível identificar a água menos turva. A coloração mais amarelada das águas, devido à contaminação por resíduos químicos da atividade minerária, estão voltando à coloração normal de forma gradativa.

Imagens de satélite mostram que a água dos rios está voltando à coloração normal (Foto: Divulgação)

A análise foi realizada em dois pontos específicos de rios da TIY, no mês de junho, dos anos de 2022, 2023 e 2024. Os estudos ocorreram no rio Uraricoera e no entroncamento dos rios Mucajaí e Couto Magalhães, ambos localizados em áreas de garimpo e próximos de comunidades indígenas.

Em quatro meses da operação Catrimani II, a força-tarefa do governo federal tirou de circulação 35 embarcações, 16 aeronaves, 172 acampamentos, 477 motores, 71.000 litros de combustível e 643 metros qquadrados de madeira, que estavam com os criminosos.

A operação, do Ministério da Defesa em articulação com a Casa de Governo em Roraima, também fiscalizou 440 aeronaves e prestou 1.368 atendimentos médicos. Para a operação, 400 militares da Marinha, Exército e Aeronáutica atuam no combate ao garimpo ilegal.