
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) alertou sobre o risco de incêndios florestais na Amazônia para os próximos meses, com base nas previsões climáticas apresentadas em reunião com órgãos federais, na última terça-feira (18), em Brasília. De acordo com os dados atualizados, a região deve enfrentar temperaturas acima da média, com uma redução na intensidade do fenômeno La Niña, que normalmente traria mais chuvas para a área.
Essa combinação de fatores aumenta a possibilidade de seca prolongada e, consequentemente, de incêndios florestais. Embora os especialistas acreditem que as queimadas possam ser menos intensas do que em 2024, o cenário ainda exige atenção e acompanhamento constante.
O MMA, junto com instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), seguirá monitorando a evolução do clima na Amazônia. A pasta também destacou a importância de intensificar as medidas preventivas para mitigar os impactos dos incêndios. Novas reuniões serão realizadas nos próximos meses para avaliar a situação e ajustar as estratégias de atuação.
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Em resposta, o governo federal já anunciou diversas ações para combater as queimadas em 2025. Uma das medidas inclui a portaria assinada pela ministra Marina Silva, que declara emergência ambiental em áreas e períodos específicos, permitindo a contratação emergencial de brigadistas federais. Além disso, o MMA, o Ibama e o ICMBio contarão com 4.608 profissionais no enfrentamento aos incêndios, representando um aumento de 25% em relação ao ano anterior.
Outra ação relevante é a aprovação da resolução do Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo (Comif), que estabelece orientações para a elaboração de Planos de Manejo Integrado do Fogo (PMIF) em diversas esferas. Além disso, a Medida Provisória (MP) nº 1.276, de novembro de 2024, garante proteção jurídica para áreas de vegetação nativa e facilita o acesso a recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente.
O Fundo Amazônia também destinou R$ 45 milhões para fortalecer os Corpos de Bombeiros de seis estados da Amazônia, incluindo Roraima, para apoio ao combate aos incêndios.