Somados os pequenos telhados às grandes usinas solares, o Brasil alcançou a marca de R$ 200 bilhões de investimento em energia solar. Os dados foram fornecidos pela Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica, a Absolar. Os números mostram que o país tem tomado um rumo positivo no que fiz respeito ao uso e investimento em energias renováveis.
Esse salto no investimento se justificava pelo barateamento da energia fotovoltaica e pelo aumento da preocupação ambiental. Isso significa que o acesso mais facilitado às instalações de placas solares permite influencia no aumento da busca por esse tipo de energia, que acompanha o crescimento da consciência ambiental. Hoje, o Brasil produz cerca de 42,4 GW de energia solar, o equivalente a 3 usinas hidrelétricas de Itaipu.
Geração de empregos ocorre junto a esse movimento
O mercado de energia renovável, mas principalmente o de energia solar, tem ainda uma grande participação na geração de empregos: direta ou indiretamente, gerou mais de 1 milhão de vagas nos últimos dez anos. Logo, sua importância na economia é inegável. Para Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da Absolar, isso se traduz em “[mais] competitividade dos setores produtivos, alívio no orçamento familiar, independência energética e prosperidade das nações”.
Ações governamentais incentivam e movem grandes cifras
As políticas governamentais positivas também têm feito sua parte, dando um suporte importante e atraindo investidores. O clima tropical e o extenso território brasileiro complementam esse cenário: 18% da matriz energética brasileira já advém de fonte solar.
A economia na conta de luz, em conjunto com a geração de empregos e a diminuição na emissão de gases poluentes, trazem imensos benefícios para a sociedade. Quase a totalidade dos municípios brasileiros possui algum tipo de geração de energia solar ligada à rede de distribuição. Aliás, são estes que mais produzem: quase 70% da energia gerada vem das placas instaladas nos telhados.
Geração individual é a maior fatia deste cenário
A chamada geração distribuída é responsável por gerar cerca de 29 GW de energia, com um investimento aproximado de R$ 140 bilhões. O restante é gerado pelas grandes usinas e fazendas solares, com investimentos na casa dos R$ 50 bilhões. No caso, o pequeno produtor viu os custos de investimento baixarem cerca de 50% no ano de 2023, segundo Sauaia, obtendo assim um ótimo retorno a médio prazo.
Investimentos também trazem bons lucros
Os grandes investidores também se beneficiam de bons retornos. O aumento da competitividade, devido à redução dos custos que a adoção de energia solar gera, é um grande atrativo para o setor de geração centralizada. Isso beneficia os produtores, ao mesmo tempo que torna o setor produtivo muito mais verde e menos poluente.
Portanto, a marca de R$ 200 bilhões investidos, colocando o Brasil na sexta colocação do ranking mundial de produção de energia solar, é um feito a ser comemorado. A adoção de placas solares, principalmente aquelas instaladas nos telhados e terrenos, tem se mostrado eficaz para o avanço da energia verde e também para colocar o país nos trilhos de um desenvolvimento sustentável.