Inicia, nesta semana, o 5° Fórum de Lideranças da Terra Indígena Yanomami, que contará com a presença de representantes de diversos órgãos do Governo Federal. Entre eles, estão o Ministério da Saúde, da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e outros coordenados pela Casa de Governo.
Conforme Éric Moura, assessor especial do MDA, a reunião acontecerá entre quarta (25) e sexta-feira (27), com a proposta de apresentar ações do Governo para o povo Yanomami. As entidades e as lideranças de todas as comunidades da etnia em Roraima se encontrarão na região de Auaris.
“Também será realizado esse movimento de escuta e feedback sobre o que a população Yanomami acha que deve ser realizado ou não. Será um momento de escuta, não podemos ir com os projetos definidos. Precisamos respeitar a cultura e os saberes do povo Yanomami. Cada comunidade tem sua necessidade”, disse.
O assessor afirmou que, antes de iniciar fórum, os representantes dos ministérios têm passado por instruções sobre como funciona o processo de ingresso nas comunidades, visto que, para alguns, esta será a primeira experiência presencial na terra Yanomami.
Atuação do MDA
Éric explicou que as propostas do MDA no fórum seguem três principais eixos: Fornecimento de assistência técnica, criação de eixos produtivos e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Entenda como funciona cada:
- Assistência técnica: Segundo Éric, muitas comunidades têm a cultura do cultivo e da agricultura familiar, mas não têm conhecimento de técnica. Portanto, o MDA pretende realizar parcerias entre instituições federais e Embrapa para prestarem assistência técnica à população indígena Yanomami.
- Eixos produtivos: O MDA irá propor a construção de sistemas produtivos de alimentos de acordo com a cultura alimentar de cada comunidade. Poderão ser construídos criadouros de peixes, galinhas, frutas, verduras, entre outros.
- Programa de Aquisição de Alimentos (PAA): Além do incentivo à produção de alimentos, o programa irá garantir a compra do excedente, que será destinado a outras populações que não têm a cultura do cultivo alimentar.