O Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) iniciou, nesta sexta-feira (15), uma série de reportagens que abordarão temas relacionados às razões e aos impactos do fogo e da seca para os produtores rurais, a biodiversidade e a saúde da população.
Roraima enfrenta uma das estiagens mais severas das últimas duas décadas, contribuindo com 51% dos focos de incêndio na Amazônia este ano, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
“O caráter da campanha é educativo, uma vez que este período de seca é considerado uma das piores dos últimos 20 anos. Essa semana [referência à segunda semana do mês de março], nós tivemos um dos piores dias em relação à qualidade do ar, a cidade foi coberta por uma nuvem de fumaça, várias pessoas tiveram problemas respiratórios”, destacou”, explica a chefe do Setor Socioambiental do TJRR, Ana Lívia Sá.
O 1º tenente Ricardo Almeida Fernandes, que integra a guarnição do Corpo de Bombeiros que atua no TJRR, frisa as medidas preventivas e de combate que podem ser adotadas.
Ele explica que atualmente, a prática mais comum que contribui para o aumento dos incêndios, principalmente nos lavrados, está sendo a queima para limpar os terrenos, seja na capital ou em regiões rurais.
“Essa queima, às vezes, foge do controle. Chega a atingir outros terrenos e áreas de proteção ambiental. Há também a existência de usuários de cigarro que, quando passam pelas estradas, jogam pontas de cigarros nas margens das rodovias. Essa prática pode provocar um incêndio de média ou grande proporção, prejudicando toda a fauna e flora da região atingida”, orientou.
O tenente reitera que, a orientação principal, é que a população entre em contato com o Corpo de Bombeiros por meio do 193, pois o fogo às vezes pode fugir do controle e causar sérios danos.
O militar ressalta ainda que um dos cuidados principais, é evitar, nesses dias em que a capital de Roraima tem sido tomada por uma fumaça densa ocasionada pelas queimadas, fazer atividades ou esforços físicos ao ar livre.
“Isso pode provocar problemas respiratórios nas pessoas. Então, o ideal é que essas atividades sejam realizadas em locais fechados, conduzir veículos com as janelas fechadas e usar o ar-condicionado em baixa pressão. Assim é possível evitar que a fumaça entre no ambiente”, finalizou.
Como ajudar na diminuição dos impactos
- Descarte responsável de pontas de cigarro:
- Não jogue pontas de cigarro em áreas naturais. Utilize lixeiras apropriadas para descarte adequado, considerando o risco de incêndios em áreas secas.
- Fogueiras autorizadas e seguras:
- Não faça fogueiras em locais não autorizados. Caso acampe ou esteja em áreas permitidas para fogueiras, assegure-se de fazê-las em locais autorizados e extinga-as completamente após o uso.
- Comunique atividades suspeitas:
- Denuncie queimadas ilegais ou irresponsáveis às autoridades ambientais ou ao Corpo de Bombeiros (193).
- Preparação para Emergências:
- Mantenha água, abafadores e ferramentas de combate a incêndios em casa, no carro e em propriedades rurais. A prontidão pode ser crucial para conter pequenos focos.
- Condições climáticas e atividades ao ar Livre:
- Evite atividades ao ar livre, como churrascos e trilhas, em dias de altas temperaturas, baixa umidade e ventos fortes, condições propícias para a rápida propagação do fogo.
