Com salários atrasados há quase três meses, a merendeira Ruth Grazielle de 26 é uma das seletivadas que está com dificuldades para arcar com as despesas da casa e de sustentar os três filhos, o mais novo deles, de cinco meses. Ela trabalha como merendeira na Escola Euclides da Cunha desde 2016.
“Estamos desde agosto sem pagamento, além disso temos que pagar uma nota de empenho que custa 60 reais. Não tenho de onde tirar outro sustento porque eu tenho três filhos, o menor tem 5 meses. Não tive direito a licença maternidade, fiquei afastada da escola por três meses por um acordo que fiz com a gestora da escola. Voltei a trabalhar dia 6 de agosto, mas não recebi o pagamento desde então” disse.
Ruth diz que trabalha mesmo sem esperança de que vá receber. “Pago vale transporte do meu bolso, e se não vier pro trabalho você pega falta. Eu moro de aluguel que está atrasado há dois meses, a energia está com três contas atrasadas, a água também. Vivo com ajuda da minha mãe que é professora. Estamos numa situação difícil e sem saber pra quem apelar. Esquecidas pois como somos credenciadas vivemos num descaso” disse.
GOVERNO
A Secretaria de Educação e Desporto (Seed) informou que as notas foram liquidadas e aguardam disponibilidade orçamentária para que o pagamento seja efetuado.