Metade do total das viaturas do Ronda no Bairro está em oficinas

Tem sido recorrente o número de acidentes envolvendo as viaturas do programa Ronda no Bairro da Polícia Militar. A Folha recebeu denúncias de que vários carros que se envolveram em acidentes estavam parados em oficinas espalhadas pela cidade, enquanto o convênio firmado pelo Governo do Estado com a empresa locadora dos carros afirma que os veículos quebrados ou danificados devem ser substituídos imediatamente para que não haja prejuízo no atendimento à população.
A Folha esteve durante dois dias averiguando as denúncias. Em dois locais havia um número significativo de viaturas paradas. No primeiro, no bairro Pricumã, zona Oeste, foram encontradas quatro viaturas com os capôs abertos e as peças expostas. Em outra oficina, no bairro Centenário, também na Zona Oeste, cerca de seis viaturas estavam passando por conserto do motor.
Conforme o governo, atualmente há pouco mais de 20 viaturas funcionando na Capital. Excluindo a quantidade de viaturas que estão paradas, restariam 10 carros caracterizados, ou seja, 50% do total estariam parados. O governo informou que o Comando-Geral da PM pretende reativar pelo menos mais 10 viaturas e, posteriormente, aumentar novamente este  número, totalizando 40.
O comandante-geral da PM, coronel Santos Filho, disse que, sempre que houver dano ou necessidade de manutenção em alguma viatura, o veículo é entregue  à empresa responsável para que seja reparado. Deste modo, a empresa substitui a viatura por outra para que o serviço de policiamento ostensivo não seja prejudicado.
“O fato de haver uma viatura do Programa Ronda no Bairro na oficina é perfeitamente natural. Isso não significa que não tenha outra funcionando no lugar daquela  que está danificada”, disse o comandante, acrescentando que as viaturas danificadas são consertadas e voltam novamente para as ruas.
A Folha questionou sobre o que diz o contrato com relação à manutenção dos veículos e a reposição imediata dos que deram pane ou se envolveram em colisões, mas não foi apresentada nenhuma resposta. 
Quanto às motocicletas que também participariam do programa e que não têm sido vistas nas ruas, a PM afirmou que está realizando um levantamento do quantitativo existente e das condições em que se encontram.(JL)