Método ofurô proporciona sensação de segurança para recém-nascidos

Serenidade. Esta é a sensação que os recém-nascidos transmitem durante seus primeiros banhos de ofurô.

Também conhecido como banho de balde, o método assemelha-se às sensações no útero materno: calmo, aconchegante, quentinho. Os braços e as pernas encolhidos, junto ao corpo, remetem à posição fetal, algo que lhe propicia mais segurança.

De acordo com Márcia Sartor, fisioterapeuta da UTI Neonatal da Maternidade Nossa Senhora de Nazaré, o ofuroterapeutico é uma modalidade da fisioterapia aquática que visa proporcionar para o recém-nascido, abaixo de 37 semanas, uma situação semelhante ao útero materno, onde ele vai remeter todas aquelas sensações de bem estar, relaxamento e aconchego.

“Na nossa unidade nós estamos juntos buscando essa implantação e no manual de boas praticas da maternidade perante as indicações que o método canguru prevê, realizado pelo ministério da saúde”, explicou.

Segundo ela, a ideia da implantação surgiu através de um projeto de pesquisa de mestrado. “O ofuroterapeutico é realizado pelo profissional terapeuta, pela participação de toda equipe medica (enfermeiros, fonoaudiólogos, psicólogos) porque a gente visa promover, através dessa água aquecida, dessa técnica, uma melhora no desenvolvimento neuropsicoafetivo desse bebê, melhora a capacidade mental, a resistência a dor, a qualidade do sono e melhora também o ganho de peso porque o bebê sempre fica mais relaxado”, reforça.

A técnica então é realizada em um balde, com 6 litros de água, aproximadamente, aquecido a 36 graus, onde o bebe, primeiramente é embrulhado em um pano, com uma postura flexora, emerge dentro do balde aos poucos e o pano remete ao útero materno. 

“O tempo de aplicação da técnica é de 5 a 10 min, logo depois ele é entregue a mãe para manter a temperatura corporal”, explicou.

De acordo com a diretora da Maternidade Nossa Senhora de Nazaré, a médica Talita Araújo de Lima, a ação faz parte de uma nova gestão, que busca um atendimento mais humanizado para os bebês.

“Estamos priorizando um atendimento mais humano tanto para o bebê quanto para a mãe. Nossa prioridade é diminuir a taxa de mortalidade, infecção dentro do hospital e outras situações que identificamos”, disse Talita.