Cotidiano

Ministério da Defesa nega detenção de brasileiros na Venezuela

"Em nenhum momento tropas da Venezuela passaram para o lado brasileiro da fronteira", informou o MD

O Ministério da Defesa (MD) prestou esclarecimentos sobre um possível incidente na fronteira do município de Pacaraima e negou a informação de que brasileiros teriam sido detidos por militares venezuelanos. 

Em nota encaminhada à imprensa nesta terça-feira, 28, o MD informou que a 1ª Brigada de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro recebeu inicialmente a informação de que na noite de segunda, 27, militares venezuelanos teriam apreendido civis brasileiros que tentavam adentrar o território da Venezuela, em uma trilha na faixa de fronteira entre os países. A informação preliminar é que os brasileiros tinham tentando entrar na Venezuela para comprar combustível, em razão do valor do produto. 

Uma tropa da 1ª Brigada de Infantaria seguiu para o local a fim de esclarecer os fatos, explica o MD. “No local foram encontrados militares venezuelanos em território da Venezuela e, alguns civis, em território brasileiro, que foram impedidos de adentrar o país vizinho”, diz a nota.

O Ministério da Defesa ressaltou que os comandantes das tropas da Venezuela e Brasil conversaram e ficou esclarecido que as pessoas não poderiam adentrar a Venezuela por aquela trilha.

“Em nenhum momento tropas da Venezuela passaram para o lado brasileiro da fronteira, apenas cumpriram seu papel evitando que pessoas passassem para o lado venezuelano sem o devido processo de ingresso no país vizinho”, informou o MD. “Também não há relatos de presença de indígenas no local e não houve disparo de qualquer tipo de arma de fogo no incidente”, acrescentou.

O órgão ministerial reforçou que as relações entre as tropas dos dois países na faixa de fronteira é amistosa e de colaboração, seguindo o prescrito nas leis brasileiras e venezuelanas. “O Exército Brasileiro segue cumprindo sua missão constitucional na defesa do território nacional, na repressão aos crimes transfronteiriços e ambientais e, ainda, cumprindo as determinações sanitárias previstas na prevenção a covid-19”.