Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, afirmou haver uma preocupação com uma possível subnotificação de casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus na Venezuela.
Segundo o ministro, a atual situação do sistema de saúde do país que faz fronteira com o Brasil é crítica, e a rede está operando de forma deficiente. “Assim, dados importantes podem não ser divulgados corretamente”, disse.
A Venezuela vive uma ditadura liderada por Nicolás Maduro e frágil situação socioeconômica. “Nós temos aqui do lado a Venezuela com um sistema de saúde em frangalhos. A gente está lá lutando com difteria, febre amarela, sarampo. Como é que será que está a qualidade de informação e notificação da Venezuela?”, questionou Mandetta.
“Tudo preocupa, porque você tem hoje ali dentro um país de… Toda vez que você tem classificação de informação em saúde, preocupa, né? Em saúde, você tem que ser muito aberto, transparente, estar à disposição das pessoas”, afirmou.
Atualmente, há grande circulação de pessoas na fronteira entre Brasil e Venezuela, em especial de refugiados que buscam o território brasileiro para melhores condições de vida.
Ministro venezuelano diz que país mantém o sistema de vigilância epidemiológica ativado
Em Caracas, o ministro do Poder Popular para a Saúde da Venezuela, Carlos Alvarado, disse hoje que o país mantém vigilância epidemiológica em portos e aeroportos antes da confirmação do primeiro caso de coronavírus (Covid-19) na América Latina.
Em comunicado divulgado pelo Ministério do Poder Popular de Comunicação, ele lembrou que há cinco semanas a Venezuela mantém o sistema de vigilância epidemiológica ativado.
Alvarado explicou que pessoas do exterior foram acompanhadas no país, incluindo “93 passageiros da China que entraram no território nacional, cujos resultados não mostraram sintomas de vírus”.
O ministro enfatizou a importância de manter os espaços limpos e com ventilação adequada, não compartilhar utensílios e ir aos centros de saúde em caso de febre ou dificuldade respiratória.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou no fim de semana que o tempo para parar a disseminação do coronavírus estava se esgotando.
Fonte: Portal Uol e Xinhuanet