Em um audiência entre o governo de Roraima, a bancada federal e a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, nesta quinta-feira (11), em Brasília, reforçou a necessidade de aproximação entre as esferas estadual e federal diante da situação enfrentada pelo povo Yanomami. A fala de aproximação surgiu da ministra.
“Precisamos do apoio da bancada federal e do governador para que possamos discutir soluções, respeitando direitos, dividindo responsabilidade e fazendo com que as soluções dadas sejam boas para todos”, reforçou Guajajara na audiência.
O encontro foi motivado pela apresentação das ações do governo do estado dentro e fora das comunidades indígenas, como por exemplo o projeto de grãos na agricultura familiar e indígena, as ações na saúde, educação e social. Em divulgação do governo, destacaram que ficou evidente o total desconhecimento em relação às ações do Estado em prol dos povos indígenas, bem como o posicionamento do governador e da bancada federal em relação ao momento vivido pelo povo Yanomami.
O governador, Antonio Denarium, ressaltou a importância desse encontro para desmistificar uma imagem equivocada que o Brasil está tendo em relação a Roraima sobre a questão Yanomami e garimpeiros e a boa receptividade da ministra e sua equipe.
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“Oportunidades como essa de mostrar o nosso trabalho contribuem para esclarecer, não apenas o governo federal, mas o Brasil como um todo e restabelece a verdade sobre Roraima e sobre a forma como tratamos as comunidades indígenas, sempre com dignidade e respeito”, destacou Antônio Denarium.
Para os demais presentes, como os deputados estaduais Stélio Dener, Nicoletti, Albuquerque, José Haroldo, o encontro também foi necessário para abrir uma discussão mais ampla com as comunidades indígenas sobre o pensamento comum em relação às áreas demarcadas. “Precisamos saber o que os indígenas pensam em relação às suas áreas e a exploração de forma sustentável. Vamos ampliar e descobrir as suas pretensões”, pediu Nicoletti.
Para o deputado federal, Stélio Dener, a grande preocupação que deve ser observada é que não haja ampliação ou criação de novas áreas indígenas em Roraima pelo percentual que já é próximo de 50%.
“Roraima não suporta mais qualquer nova área indígena e o governo federal tem que assumir suas obrigações junto às áreas já demarcadas. Cuidando do que já é dos indígenas e dos próprios indígenas e dando a oportunidade para que as comunidades se desenvolvam e gerem receita, sustento e respeito ao meio ambiente”, disse Dener.
