Cotidiano

Ministro da Saúde deve fazer visita técnica à Roraima

De acordo com o ministro Nelson Teich, visita depende apenas da agenda para as próximas semanas

O ministro da Saúde, Nelson Teich, deverá vir à Roraima para realizar uma visita técnica e verificar a extensão da pandemia do novo coronavírus. A data da vinda ainda não foi definida, porém, a expectativa é que ocorra nos próximos dias.

A possibilidade da vinda do ministro foi acertada durante reunião da Comissão Externa que acompanha ações de combate ao coronavírus no Brasil, ocorrida nesta quinta-feira, 7, por videoconferência.

Como membro da comissão e presidente da Frente Parlamentar Mista da Medicina, o deputado Hiran Gonçalves (Progressistas) sugeriu que Roraima fosse o próximo estado a receber a visita ministerial. “Nessa semana, o ministro deverá ir ao Rio de Janeiro. Como próximo estado, sugeri Roraima. O ministro Teich acatou meu pedido e se comprometeu a agendar a ida ao nosso estado”, informou Gonçalves.

De acordo com Teich, tudo está dependendo de sua agenda para as próximas semanas. “Conforme a disponibilidade da agenda estarei lá nos próximos dias”, disse. “A proposta com relação a outros estados é que eu e minha equipe vamos fazer uma ou duas visitas por semana. Em cada uma dessas, os parlamentares vão poder definir um ou mais representantes para estar conosco nas discussões e no trabalho”, explicou.

Segundo o deputado Hiran, ele já está solicitando à equipe técnica do Ministério da Saúde que leve para Roraima ventiladores, EPIs, teste para detecção de contágio, entre outros equipamentos, para que se possa facilitar o acesso e melhorar os números e os dados sobre a pandemia no estado. “Solicitei ainda que o ministro Teich assuma o compromisso de, toda semana, visitar um dos estados para cumprir essa agenda”, disse.

NÚMERO DE CASOS – Gonçalves também abordou o crescimento do número de casos da Covid-19 nos estados, os mais de 100 militares que trabalham na Operação Acolhida infectados pelo Covid-19 e a necessidade de reforço de isolamento social como forma de prevenir do contágio do coronavírus. “Não obstante alguns estados terem intensificado o isolamento social e alguns até com o lockdown (confinamento), as pessoas não estão respeitando e não têm seguido as orientações das autoridades sanitárias. Isso tem que ser reforçado”, afirmou Gonçalves.

Em resposta, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que tem acompanhado o que está acontecendo em Roraima em relação aos abrigos da Operação Acolhida. “A medida de fechar as fronteiras e impedir novas entradas trouxe algum resultado. Com isso, o número de venezuelanos está mantido e está girando em torno de 12 mil pessoas, entre abrigos e invasões”.

Para fazer frente a essa realidade, conforme Pazuello, o Ministério da Saúde montou um Hospital de Campanha com capacidade para 1.100 leitos e conta com o apoio de toda a estrutura do estado.