Cotidiano

Ministro levará demandas da advocacia ao CNJ

O representante do Conselho Nacional de Justiça ouviu as demandas apresentadas por conselheiros da OAB-RR e demais advogados, durante reunião

O presidente da Comissão Permanente de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro José Norberto Lopes Campelo, antes de iniciar a verificação dos trabalhos nos tribunais de Roraima, fez uma visita à Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Roraima (OAB-RR).

Ele participou de uma reunião extraordinária do Conselho Seccional da OAB-RR, na noite dessa quinta-feira, 7, com a presença de membros do organismo e de demais advogados locais, que também tiveram a oportunidade de se manifestar a respeito de situações que consideram importantes para o conhecimento do ministro.

Segundo Campelo, há no CNJ um projeto que visa diagnosticar as dificuldades dos tribunais. “É fundamental conhecermos o poder judiciário por meio do que apresentam os advogados para que possa se buscar de maneira mais fácil soluções para os problemas vivenciados por eles e que acabam repercutindo no próprio jurisdicionado, no cidadão que é atendido por este profissional”, destacou.

Agora, Campelo informou que haverá uma reunião com os juízes, que também vão falar sobre os problemas que afetam o desempenho da administração dos tribunais, e partir desta reunião ele tentará unir as informações colhidas também com os advogados, no sentido de ter uma visão mínima sobre a realidade local e tentar colaborar junto ao CNJ com soluções para esses gargalos.

“A reunião na OAB foi proveitosa e deu para ver que existe um diálogo entre a Seccional e o Judiciário Estadual, o que facilita bastante o caminho para busca de soluções. Agora vamos ouvir os juízes e sair daqui para dar encaminhamento às demandas de Roraima”, comentou.

O presidente da OAB-RR, Rodolpho Morais, destacou o esforço do conselheiro nacional da OAB, Antonio Oneildo, em trazer o ministro para uma reunião com a categoria, devido à necessidade que os advogados têm em ser ouvidos em âmbito nacional.

ORÇAMENTO E EFICIÊNCIA

Dentre os principais fatores que devem ser observados pelo ministro do CNJ, Norberto Campelo, está a questão dos investimentos realizados pelo Poder Judiciário na primeira instância, ou seja, nos fóruns e varas especializadas.

Segundo ele, o CNJ dispõe de números que demonstram que a maioria dos tribunais do Brasil apresenta distorção na aplicação de recursos, tendo um percentual muito elevado na segunda instância, ou seja, nos próprios tribunais, em detrimento da primeira, que tem o maior número de juízes, servidores e processos tramitando, mas não tem recebido o aporte financeiro na mesma proporção.

“O CNJ está com os olhos voltados para o jurisdicionado, para o cidadão e vamos buscar, com esse levantamento de informações da realidade local, mudar essa situação para que sejam feitos maiores investimentos na primeira instância, visando a tramitação do maior número de processos e para que a população atendida pela Justiça tenha suas demandas resolvidas em um prazo razoável”, explicou Campelo.

Com informações da OAB-RR.

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