A 1ª edição dos Jogos Escolares da Rede Municipal de Ensino é um exemplo de inclusão esportiva. Mais de 40 crianças com deficiência participam das disputas na modalidade paralímpica “Bocha Adaptada”, na Vila Olímpica Roberto Marinho.
As disputas paralímpicas estão sendo realizadas no Ginásio Romerão, nesta quarta e quinta-feira, dias 14 e 15, pela manhã (feminino), e à tarde (masculino).
Com alunos cadeirantes, autistas, com síndrome de down, surdos e muito mais. A diversão é garantida para eles, que contam com o jogo totalmente adaptado. O confronto ocorre entre dois alunos, onde com bolinhas azuis e vermelhas, eles precisam acertar o mais próximo possível da bola branca (mestre). Vence a competição aquele que lançar o maior número de bolas próximo a bola mestre.
A aluna Bárbara Carvalho, 10 anos, da Escola Municipal Newton Tavares, chegou empolgada para o primeiro dia de disputas. Mesmo com dificuldades motoras devido a hidrocefalia, a menina não perdeu a oportunidade de participar ao lado de seu professor de educação física, Moacir Monte. “Me sinto muito feliz. Amei jogar bocha, treinei bastante na escola. Achei bem legal esses tipos de jogos adaptados para a gente”, disse.
Para o professor Moacir, a iniciativa é fantástica e desenvolve muitas habilidades físicas, motoras e social. “Muitos alunos são deixados de lado pela condição que têm e uma atividade com essa traz muitas possibilidades. Eles são capazes de participar, só basta que haja oportunidade. A bocha é novidade, tanto para os alunos quanto para algumas pessoas que não conheciam esse esporte. Isso faz com que se sintam motivados a dar o seu melhor”, disse.
A técnica em comércio, Leudy Sousa, 35 anos, fez questão de ficar na torcida pela sua filha Aylla Camila, 9 anos, da Escola Municipal Menino Jesus de Praga. A menina tem síndrome de down e é uma das atletas paralímpicas. “Aylla está bem animada e toda a família também. Fico orgulhosa, ela é um exemplo de superação todos os dias”, disse a mãe emocionada.
De fato, o evento veio desenvolver nas crianças diversas habilidades sociais, não só para os pequenos atletas paralímpicos, mas também para os demais participantes. São criadas oportunidades para compartilhar, superar o medo, autoconhecimento, trabalho em equipe, autonomia, decisão, aprende a ganhar e perder, resiliência e respeito ao próximo.
Vila Olímpica, palco de grandes disputas desta primeira edição
Os demais alunos também estão agitando os gramados, a pista de atletismo, o ginásio e as quadras de esportes da Vila Olímpica. Além da bocha adaptada, tem o Mini Futsal, Mini Handebol, Mini Basquetebol, Mini Voleibol, Mini Atletismo, além de atividades Recreativas como Cabo de Guerra e Queimada. Os confrontos estão ocorrendo no Ginásio Romerão, Campo Society 1, pista de atletismo e em outros espaços da Vila.
Serão cinco dias de programação esportivas e recreativas, envolvendo cerca de 2,1 mil alunos de 38 escolas da capital. São alunos do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental, na faixa etária de 8 a 11 anos. O evento esportivo se encerra com a premiação dos vencedores na sexta-feira, 16. Os três primeiros colocados levam troféu para a equipe e medalha individual.