Moradores do Amajari, localizado na região Norte do Estado, denunciaram, na manhã de ontem, a situação caótica em que se encontra aquele município em relação ao sistema de coleta de lixo de algumas localidades. Conforme informações enviadas à Folha, o problema é antigo e várias reclamações foram feitas para a Prefeitura a respeito.
Na sede do município, a lixeira pública já não consegue suportar a quantidade de lixo produzido pela população. Como se não bastasse, a Prefeitura não realiza há anos processo de coleta seletiva. O resultado é que todo tipo de lixo é descartado no local sem nenhum tipo de cuidado ou fiscalização.
“Ontem eu fui jogar o lixo domiciliar utilizando o meu próprio veículo, porque a coleta de lixo não funcionou durante o feriado de Carnaval. Eu fiquei abismado com a situação do local. Tudo que você possa imaginar é descartado por lá, inclusive restos de animais. Por exemplo, como aqui não tem matadouro, o pessoal que costuma matar gado joga os restos na lixeira e fica uma coisa muito imunda”, disse um morador que não quis se identificar.
Conforme o morador, a situação também se repete em outras localidades próximas, como na Vila Brasil. A Prefeitura e a Câmara de Vereadores já estariam cientes dos problemas enfrentados pela população, mas que até o momento nada foi resolvido. “Várias reclamações já foram feitas e a situação só piora. Tenho amigos que moram na Vila Brasil e a reclamação é a mesma. A única em situação melhor é a da Vila Tepequém, que nesse caso é considerada uma área de preservação ambiental. Lá não tem lixão, sendo o lixo produzido pelos moradores trazido para a sede do município. Infelizmente, quem está fazendo pouco caso da situação é a própria Prefeitura”, ressaltou.
Além dos danos ao meio ambiente, o temor é ainda maior no que diz respeito à saúde humana. Na Vila Três Corações, moradores contam que lixo hospitalar estaria sendo despejado de forma imprópria no meio ambiente. “É um risco muito grande à saúde humana, já que existem muitas áreas em que o gado costuma se alimentar. O que mais irrita é que a Secretaria Municipal de Saúde está ciente dessa situação, mas não se pronunciou até hoje”, ressaltou um morador da vila.
PREFEITURA – A Folha entrou em contato com os telefones do prefeito de Amajari, Moacir Mota (PR), mas até as 18 horas os telefones estavam desligados. Também foi tentado contato com os números da Representação da Prefeitura na Capital, mas também não houve resposta. (M.L)