Cotidiano

Moradores do Santa Cecília manifestam contra quedas constantes de energia

As principais reclamações são a interrupção de energia, queima de aparelhos eletrodomésticos e problemas no serviço de atendimento e ouvidoria

Um grupo de moradores do Cidade Santa Cecília, no município do Cantá, região Centro-Leste do Estado, se reuniram na manhã desta quarta-feira, 20, em frente a sede da Companhia Energética de Roraima (Cerr), localizada na Avenida Castelo Branco, bairro Calungá, para manifestar sobre as constantes quedas de energia sofridas pela população.

Conforme os manifestantes, as principais reclamações são a interrupção de energia, queima de aparelhos eletrodomésticos e problemas no serviço de atendimento e ouvidoria da Companhia.

Conforme Ismarth Silva, um dos moradores, desde domingo passado, 18, contabilizando todas as quedas de energia, o resultado foi de mais de 10 horas sem o fornecimento. “São 570 famílias que residem no Santa Cecília, que vivem constantemente com esses problemas”, relatou.

Segundo ele, uma das moradoras está com a geladeira, ventilador, ar condicionado e computador queimado. “Já vai fazer quinze dias e ninguém se pronunciou ainda”, disse. “E eles aqui se recusando a ressarcir, alegando vários problemas na casa. É o teu fio que não é bom, é a tua televisão que é velha. Nunca a culpa é deles, a culpa é sempre do morador nosso lá”, reforçou Silva.

Durante a manifestação, o grupo teve acesso à ouvidoria da Companhia que protocolou as reclamações dos moradores e foi recebido pelo assessor da Diretoria da Cerr, Antônio Welligton, que afirmou que a falta de energia é uma consequencia geral do sistema do Estado.

“Hoje quem mora em Boa Vista sabe as conseqüências da queda de sistema e do desligamento momentâneos que sofremos aqui na Capital, isso tem consequências também no Interior”, disse.

“O retorno no Interior, por ser a ponta da rede, é mais demorado, mas nós estamos cientes. Nós estamos trabalhando pra resolver esses problemas, como com a construção da Rede 69 do Bonfim e do Cantá justamente para aliviar o sistema aqui no Santa Cecília”. Além disso, o assessor pontuou que o período de intenso calor contribui para o problema. “Nós estamos tomando medidas, mas para esse período do ano, de estiagem, como a própria Capital está sofrendo, infelizmente nós estamos padecendo dessa situação”, frisou.

Quanto ao ressarcimento dos aparelhos, o diretor disse apenas que a Companhia segue a Resolução 414 que trata do assunto, além de frisar que o processo é demorado e que o andamento é verificado pelo setor Comercial.

Matéria completa na edição impressa da Folha de amanhã, 22.