Moradores enfrentam poeira e atoleiros

Moradores da rua Flora, localizada no bairro Jardim Tropical, zona Oeste, reclamam da falta de asfalto naquela via. Durante o verão, a poeira levantada pelos carros toma conta das casas e, quando chove, a lama torna a rua intransitável.
O professor José Brito, que reside na rua há oito anos, disse que durante este período nunca presenciou uma obra no local. “O descaso das autoridades com os moradores é total. Será que não merecemos no mínimo uma obra de saneamento básico?”, indagou. Ele ressaltou que o local é desprovido de uma rede de tratamento de esgoto e drenagem. “Devido à chuva que caiu nos últimos dias, começaram a se formar poças de lama. Em algumas residências, a água invadiu os quintais”.
No cruzamento com a rua das Hortas, um lamaçal dificulta o acesso. Os moradores chegam a tirar dinheiro do próprio bolso para resolver o problema. “Quando um veículo muito pesado passa por este trecho um cano estoura. Como já perdemos a esperança de que a prefeitura irá solucionar este problema, nós tiramos dinheiro do próprio bolso para realizar reparos”, relatou Brito.
O professor relatou que, no início da semana passada, a prefeitura realizou uma raspagem no local. “Estávamos na esperança de que a rua seria asfaltada. Mas, quando questionei, um funcionário da prefeitura me informou que não. Ele afirmou que seria feita somente a raspagem para melhorar o acesso”.
Um morador, que preferiu não se identificar, relatou que nos dias de chuva deixa a moto na garagem temendo atolar ou escorregar na lama. “Eu já derrapei e caí com a minha moto. Estava indo para o trabalho e acabei me atrasando”, relatou indignado.
A dona de casa R.C. afirmou que, no verão, a poeira provocada pelo tráfego de veículos causa transtorno aos moradores. “Tenho que limpar os móveis todos os dias, senão forma-se uma crosta sobre eles. Nos piores dias, eu fecho as janelas e portas para evitar esta situação”, disse.
PREFEITURA – A Folha entrou em contato com a Secretaria Municipal de Comunicação, para esclarecimento em relação à rua, mas não houve retorno até o fechamento desta edição. (I.S)