Cotidiano

Moradores protocolam documento após transferência de internos

Após a transferência dos internos do Centro Socioeducativo Homero de Souza Cruz Filho (CSE) para o prédio do Centro de Ensino e Instruções do Corpo de Bombeiros, no bairro 31 de Março, os moradores procuraram o Ministério Público Estadual (MPRR) para repudiarem a decisão e solicitar que os adolescentes sejam retirados do local.

De acordo com o morador Paulo Santos, depois de realizarem a solicitação no órgão, serão analisadas quais outras medidas devem ser tomadas em relação à situação. Os moradores alegam temer pela própria vida, uma vez prédio não possui segurança suficiente para custodiar os internos.

Ao todo, 13 adolescestes que estavam na Casa da Mulher Brasileira, no bairro São Vicente, foram transferidos para o Centro dos Bombeiros. Um agente socioeducador que preferiu não ser identificado informou que há outros 60 internos dentro do CSE locados em quatro salas, enquanto as obras dentro da unidade não são finalizadas.

O agente disse ainda que a informação dada pela Vara da Infância e Juventude sobre a situação de “insalubridade” na Casa da Mulher Brasileira não procede, já que os internos estavam dentro de celas apropriadas, e agora, no Centro dos Bombeiros, não tem estrutura suficiente para abrigar os adolescentes.

A reportagem entrou em contato com o Ministério Público de Roraima (MPRR) para confirmar a visita dos moradores e aguarda resposta.

O OUTRO LADO

Sobre a transferência dos internos, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) informou que a medida teve o consentimento da Vara da Infância e Juventude, considerando o Estatuto da Criança e do Adolescente.

A pasta destacou que a segurança do local está sendo reforçada pela Polícia Militar (PM), juntamente com sócios-orientadores dentro da escola, e policiamento com viatura na área externa 24 horas.

A nota da Sejuc ressalta ainda que prazo de permanência dos adolescentes no Centro de Ensino será enquanto é feita a conclusão das obras de readequações do prédio do CSE, conforme determinação da Justiça.

“A Sejuc ressalta que o tempo necessário para essas adequações vai de 20 a 30 dias, por se tratar de uma obra de adaptação de reforço das estruturas de concretagem de blocos da unidade que ficaram  destruídos no motim promovido pelos adolescentes internos, na segunda feira, dia 13, assim como, os blocos que já estavam recebendo melhorias e reparos, por conta de outras ações contra o patrimônio público”, finalizou.