Os moradores do município de Rorainópolis, na região sul do estado, com cerca de 27 mil habitantes, têm reclamado dos preços cobrados por moto taxistas da cidade.
De acordo com os usuários do serviço, o valor cobrado até o final do ano de 2015 era de R$ 3,00 por corrida. Mas somente nos meses de janeiro a maio desse ano, as tarifas sofreram um aumento de 35% no valor da corrida, chegando ao valor chegando ao valor de R$ 4,00.
Segundo Joana de Oliveira, dona de casa de 31 anos, o aumento representa um gasto a mais que faz diferença no fim do mês. “Preciso pegar pelo menos dois moto taxis por dia, um para deixar minha filha na escola, e outro para busca-la. O aumento tem sido sentido no nosso orçamento, pois estamos passando por uma crise financeira muito grande em nosso país, e cada coisa que aumenta o preço, nosso bolso sente”, afirmou a dona de casa.
Para Jair dos Santos, 34 anos, pedreiro, o valor pago aos moto taxistas é absurdo, pois é cobrado o mesmo que um cliente paga para circular em um taxi lotação na capital Boa Vista.
“Muitas vezes o trajeto não é tão longo, mas por causa da pressa acabamos tendo que fazer uso do serviço, se a gente tiver que se locomover na cidade por mais de uma vez durante o dia, acabamos gastando muito só com as corridas. Não existe nenhuma promoção para várias corridas” desabafou.
De acordo com o presidente da Associação dos Moto Taxistas (Amtar), Rafael Carvalho, os aumentos são feitos anualmente e nunca no decorrer do ano, como é previsto em lei, mas ressaltou a influência política na mudança das leis que regulamentam o serviço prestado pelos moto taxistas. Segundo ele, o correto seria todos os aumentos e mudanças em preços e leis sempre serem feitos em conjunto entre a Amtar e Prefeitura, o que nem sempre acontece.
“Não podemos ser comparados à taxis lotação, pois o lotação leva 4 passageiros de cada vez, nós só conduzimos apenas um de cada vez. Devemos verificar as condições de nossas ruas e os gastos que temos que fazer em nossas motos para sempre oferecer um bom atendimento aos clientes”, disse.
Com relação aos aumentos, segundo Rafael, são feitos à medida que é verificado que os lucros estão caindo, devido a aumentos de combustível, entre outros.
PREFEITURA
A reportagem da Folha entrou em contato com a Prefeitura de Rorainópolis, mas até o fechamento desta matéria não foi possível conseguir uma posição sobre o caso. (J.R)