Neste domingo, 27, a paralisação nacional dos caminhoneiros completou uma semana. Em Roraima, o principal impacto foi nos postos de combustíveis da capital e do interior. No entanto, por meio de acordo entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Exército Brasileiro e Governo do Estado, 120 mil litros de combustíveis foram liberados no final de semana.
O resultado da liberação foi constatado nas filas que se formaram em alguns postos da capital neste domingo. O presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis (Sindipostos), José Neto, informou que dos mais de 60 postos na Capital, a maioria está desabastecida. Mesmo assim, pontuou que não é possível saber quando a situação será normalizada, uma vez que a greve não tem data para acabar.
Dos quase 15 postos visitados ontem pela reportagem, apenas três estavam abastecidos. Em todos os locais, filas. Em um posto na avenida Brasil, bairro São Vicente, a dona de casa Maria do Socorro Alves comentou que estava há quase uma hora esperando para abastecer. “Saí cedo de casa quando soube da liberação. O carro já estava na reserva. Ainda bem, porque é capaz de acabar hoje ainda”, disse.
Favorável à paralisação dos caminhoneiros ela acredita que esta tenha sido a categoria ideal para fazer as reivindicações. “É pelo trabalho deles que temos as mercadorias que precisamos. Só espero que o Governo Federal assuma logo um acordo benéfico para os brasileiros e diminua o preço absurdo dessa gasolina”, comentou Socorro Alves.
Um dos coordenadores da manifestação, Haroldo Mota, esclareceu que Roraima não vai sofrer com falta de alimento, combustível, remédios ou qualquer outro item de primeira necessidade. “Estamos liberando mediante a comprovação da necessidade. Tudo que queremos é a redução dos impostos sobre os combustíveis e que tenhamos um preço justo. Não deixaremos a população sofrer com a falta de nada”, afirmou.
PARALISAÇÃO – O protesto dos caminhoneiros pela redução nos preços dos combustíveis em Roraima e no Brasil chega ao sétimo dia. A concentração está ocorrendo na BR-174 a 23 quilômetros de Boa Vista e o movimento segue de forma ordeira e pacífica. (A.G.G)