Cotidiano

Movimento pede ajuda do Governo do Estado para retirada de garimpeiros

Segundo o MGL cerca de 1.500 pessoas ainda se encontram na área Yanomami sem condições de sair

Desde que teve início a Operação Libertação, no dia 10 de fevereiro, milhares de garimpeiros deixaram a Terra Yanomami, de barco, avião e até mesmo a pé em uma viagem de aproximadamente 30 dias no meio da floresta.

No entanto, de acordo com o Movimento Garimpo é Legal muitas pessoas ainda se encontram na região por não terem condições financeiras para arcar os custos da viagem de volta. “São mais de 1.500 pessoas que estão lá, esses são os trabalhadores que não tem dinheiro e estão gritando por socorro”, disse Jailson Mesquita, coordenador político do MGL em entrevista à FolhaBV.

Segundo ele, a solução seria o auxílio do Governo do Estado por meio da Defesa Civil para a retirada dos garimpeiros.

“Solicitamos uma reunião entre a Polícia Federal, Ibama, Defesa Civil, e Governo Estadual para tratarmos da retirada emergencial dos garimpeiros restantes”, disse Mesquita.


Representantes dos garimpeiros (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Outro ponto citado pelo MGL foi o pedido ao Governo do Estado para que seja feita a doação de 10 mil cestas básicas para as famílias de garimpeiros.

“O que estamos vendo aqui são pessoas passando fome, pois não tem como colocar dentro de casa o mínimo. Então até que seja encontrada uma solução estamos pleiteando essa ajuda para esses trabalhadores”, acrescentou.

A reportagem entrou em contato com o Governo do Estado e aguarda retorno.

Operação Libertação

A Operação realizada na Terra Yanomami ocorrem em duas frentes, uma delas com o bloqueio de rios e ações de localização e destruição de equipamentos de garimpeiros, feitos principalmente pelo Ibama, Funai e Força Nacional, e controle do espaço aéreo, com a proibição de vôos não autorizados pela FAB (Força Aérea Brasileira).

Foram abertos “corredores aéreos” até o dia 6 de abril, para a saída voluntária dos garimpeiros. A Polícia Federal também fez algumas e pontuais incursões no território a fim de destruir equipamentos.