O promotor Marco Antonio Azeredo do Ministério Público de Roraima pediu que a Polícia Civil conclua as investigações sobre o caso envolvendo o sequestro do jornalista Romano dos Anjos.
Segundo ele, até o momento não existem provas concretas de que tenha sido formada uma organização criminosa ou que tenha havido obstrução de justiça.
Ele solicitou que os autos fossem devolvidos para a polícia para o aprofundamento das investigações em relação tão somente aos delitos de organização criminosa e obstrução à justiça,
Azeredo também pediu o desmembramento dos autos em relação aos demais ilícitos para que seguissem para julgamento nas varas da capital.
O processo envolve a participação de oito policiais militares e um ex-deputado estadual.
MP pede liberdade para policial
Em relação ao Policial Militar que está acusado apenas de obstrução da justiça, o promotor opinou pela conversão da prisão em custódia, mas proibiu que ele se aproxime da vítima ou seus familiares, ou de testemunhas e outros envolvidos.
O policial também está proibido de sair de Roraima por período superior a 5 dias sem autorização judicial e deve manter o recolhimento domiciliar no período noturno. O Ministério Público solicitou ainda seu afastamento das funções públicas por 120 dias e a suspensão do porte de arma.
O militar foi preso na segunda fase da Operação Pulitzer, em outubro de 2021. Na mesma data, a polícia também prendeu outros dois policiais, bem como o ex-deputado . Todos suspeitos de envolvimento no caso Romano dos Anjos.
Um dos policiais estava preso por obstrução da justiça e os outros presos estão sendo suspeitos de participação em oito crimes. Entre eles tortura, sequestro e cárcere privado.