O avanço do coronavírus entre os indígenas no Brasil preocupa autoridades e especialistas após a morte de um indígena da etnia Yanomani pela covid 19 no país.
O jovem Alvanei Xirixana, de 15 anos, estava internado desde a semana passada no Hospital Geral de Roraima.
O adolescente começou a passar mal no dia 17 de março. O primeiro exame de Alvanei deu negativo para a doença. Com a piora do quadro, o hospital fez um segundo teste, que confirmou o diagnóstico. A morte do adolescente, que aconteceu na sexta-feira (10), foi a terceira em Roraima por causa do coronavírus.
Nessa sexta-feira, 10, o Ministério da Saúde anunciou a criação de um plano para conter a expansão da doença entre os povos indígenas.
De acordo com o documento, os casos suspeitos de coronavírus terão prioridade no atendimento à população, de modo a diminuir o tempo de contato com os indígenas presentes no local de atendimento.
A pasta também recomendou que sejam reforçadas as restrições de acesso a territórios habitados por povos isolados ou de recente contato, incluindo a necessidade de quarentena para profissionais de saúde e membros da FUNAI antes do acesso a esses povos.
O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), informou que vem disponibilizando, desde janeiro de 2020, uma série de documentos técnicos foram expedidos para que os povos indígenas, gestores e colaboradores pudessem adotar medidas para o enfrentamento ao novo Coronavírus (COVID-19).
Dentre os documentos, encontram-se portarias, informes técnicos, relatórios, recomendações, protocolos de manejos clínicos, orientações para equipes multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) e equipes das CASAI, Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo Coronavírus em Povos Indígenas; Plano de Contingência Distrital para
O Plano de Contingência orienta as Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) e pede que os Agentes Indígenas de Saúde e Agentes Indígenas de Saneamento também recebam as informações para que possam ajudar na conscientização da comunidade sobre as medidas de prevenção e controle da doença, na identificação precoce de sinais e sintomas de Síndrome Respiratória Aguda Grave.
Os integrantes das equipes multidisciplinares também devem ser capazes de compreender o fluxo de encaminhamento dos casos suspeitos da COVID-19 e adotar as medidas de proteção individual diante de um caso suspeito.