Com o acúmulo de incertezas trazido pela pandemia e o isolamento social, as inúmeras mudanças no cotidiano e as mudanças na socialização tornou-se mais evidente a importância de se atentar para os sentimentos de crianças.
E considerando que estamos no mês da Prevenção ao Suicídio, por meio da Campanha Setembro Amarelo, a psicopedagoga Graciela Ziebert, ressaltou a importância de estarmos atentos às necessidades da comunidade escolar e aos momentos após a pandemia.
A psicopedagoga explicou que além das novas restrições da saúde, os professores e assistente devem ter maior atenção no comportamento dos alunos.
“Nesse momento é essa acolhida dos alunos, não só a questão sanitária de orientações, sobre essa nova dinâmica de cuidados que as crianças devem ter na escola, mas observar as reações das crianças em relação ao comportamento emocional deles, muitas crianças demonstram de várias maneiras o que elas sentem, algumas crianças ficam mais retraídas outras ficam temerosas, e tem aquelas que se expressam através de desenhos”, apontou Graciela Zierbert.
Ela frisou também que na rotina de casa muitas vezes a mudança de comportamento não é notada pelos pais, e aos professores que observarem sinais de mudanças no comportamento a escola deve comunicar a família para que seja buscado um profissional.
“É um momento muito importante para a escola ter um olhar ainda mais criterioso para observar todos os sinais que as crianças possam dar que estão passando por um momento de sofrimento. E aí sim é um alerta para que a escola chame a família e der a orientação para ser buscado um profissional, porque em casa muitas famílias não percebem que essa criança mudou o comportamento, no entanto, na escola os profissionais percebem’, frisou a psicopedagoga.
Graciela ponderou ainda, que a escola tem um papel muito importante de deixar que o aluno se sinta confortável para que ele fale sobre seus sentimentos, além de sempre fazer palestras sobre a importância de se expressar.
“É importante que a escola fale sobre isso, e deixar que as crianças se expressem e falem sobre as experiências, o que elas vivenciaram nesse período de isolamento social, conversar sobre esse assunto”, ressaltou.