FABRÍCIO ARAÚJO
Colaborador da Folha
Fabíola Rocha, moradora de Caroebe, vive um verdadeiro drama para conseguir atualizar a sua carteira de identidade. O documento foi expedido quando ela ainda era muito jovem. Por ter algumas dificuldades quando o apresenta, a atualização se fez necessária. Na última semana, se deslocou duas vezes até o município de São Luiz para ser atendida em um posto, mas as duas tentativas foram frustradas.
Fabíola se dirigiu ao posto de São Luiz, que fica em uma sala do hospital do município, no dia 29 de janeiro, mas não havia ninguém para atender às demandas no local. Não houve explicações sobre a ausência do funcionário. Então, ela retornou na última sexta-feira, 1º.
De acordo com Fabíola, o funcionário responsável pelo posto de atendimento justificou que não podia atender ao pedido dela porque o governo não pagou a conta de Internet, o que resultou na falta de sistema e atingiu diretamente os atendimentos que deveriam ser prestados.
“Eu perguntei quando poderia ser atendida e ele me disse que estava sem previsão. Então, me deu o número dele e pediu para que eu ficasse ligando para ser informada quando teria sistema de novo”, relatou Fabíola Rocha.
Outro problema relatado pela denunciante foi que pediram para que ela pagasse uma taxa, no valor de R$ 36, para a emissão da segunda via de seu RG. Ela afirmou que chegou a pagar, mesmo sem entender o motivo da exigência.
“Aqui em Caroebe não trabalham com isto, só quando a Justiça itinerante vem, o que ainda não aconteceu. E só fazem este atendimento em um hospital de São Luiz, em São João da Baliza também não atendem”, declarou Fabíola.
OUTRO LADO – O diretor do Instituto de Identificação, Amadeu Rocha Triani, explicou que os problemas que estão ocorrendo são transitórios, mas que ainda não há uma data definida para o atendimento voltar ao normal, uma vez que depende de outros parceiros.
“Em São Luiz, nós estamos com um problema de transição. Vários servidores foram exonerados por questão de economia, e estamos redimensionando para retomar o atendimento. Precisam ser treinadas outras pessoas para que isso aconteça”, declarou Amadeu Rocha Triani. (F.A)