Mutirão promove conscientização de moradores de bairros da zona Oeste

Moradores dos bairros Santa Luzia e Pintolândia, localizados na zona Oeste da Capital, receberam no sábado, 11, um mutirão de combate ao Aedes aegypti com o objetivo de informar e conscientizar a população sobre os riscos de infestação das doenças transmitidas pelo mosquito, como a dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana.

Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Emerson Capistrano, a ação tinha como objetivo atuar em áreas onde ocorreu um aumento no número de casos de doenças relacionadas ao mosquito e contou com a participação de mais de 400 pessoas, entre servidores da Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV), colaboradores e voluntários.

“Todas as secretarias do município se reuniram para dar o pontapé inicial nas ações de campanha de combate ao Aedes aegypti, encabeçada pela prefeita Teresa Surita. A questão principal foi a conscientização da questão do lixo, principalmente o lixo doméstico, que hoje a gente observa como o maior percentual do foco do Aedes. A gente fez essa ação justamente tentando levar essa conscientização para a população e levando em consideração os locais onde foi observado o aumento do número de casos da doença, por conta do período chuvoso”, disse Capistrano.

Para o superintendente de Vigilância em Saúde do município, a população precisa entender que os recipientes armazenados em casa, nos quintais, estão diretamente ligados à proliferação do mosquito e que com a proximidade do período chuvoso mais crítico, o problema só tende a piorar.

“As pessoas têm que realmente se conscientizar. A Prefeitura de Boa Vista está fazendo a sua parte, tem tido a boa limpeza pública, tem conseguido manter isso, mas as pessoas ainda continuam armazenando muito recipientes em casa que acabam acumulando água, como latas, vidros, pneus, garrafas e vasos, que contribuem para a manifestação do mosquito”, esclareceu. “Ainda não se sabe um número exato, mas já se tem observado um aumento do número de casos em relação ao mesmo período do ano passado, o que de certa forma deixa todos preocupados. Com isso, já iniciamos as ações para não termos problemas com possíveis surtos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti”, acrescentou.

O superintendente tratou ainda sobre as pessoas que trabalham em suas residências informalmente e que acabam com acúmulo de possíveis reservatórios de água, que são locais de manifestação do mosquito. “No mutirão, nós encontramos muitas residências onde você encontra pessoas que juntam latas e garrafas pets para fazer revenda. A gente pede que esse trabalho seja feito com responsabilidade, para que não acumule água. Em todos os levantamentos que a gente tem feito, a gente tem observado que na grande maioria, 70% dos focos do mosquito estão dentro das residências. Então, a gente pede encarecidamente às pessoas que se sensibilizem. É um risco muito grande. A gente pode ter epidemia se a gente não observar isso, se não fizer esse combate, principalmente, a questão dos focos dentro das casas”. (P.C)

Cronograma de mutirões será divulgado em breve

Para melhor definir quais serão as próximas ações de combate, a Superintendência de Vigilância em Saúde está realizando um levantamento do número de casos de infestação por bairro em Boa Vista. A previsão é que já nesta segunda-feira, 13, seja divulgada alguma informação relacionada ao assunto e possivelmente um cronograma dos mutirões subsequentes.

No entanto, o superintendente de Vigilância em Saúde, Emerson Capistrano, já revelou que existem alguns locais que são prioritários. “É o caso dos bairros Pintolândia, Santa Luzia, Senador Hélio Campos, Alvorada e Sílvio Botelho, onde tem aumentado o número de casos”, afirmou.

Outras ações também estão programadas para ocorrer nas escolas e em órgãos públicos e de verificação de terrenos baldios. “Nós já temos ações programadas para as escolas do município, as estaduais e particulares. Estamos preparando as equipes para levar conscientização para as crianças. Nós temos observado um retorno muito bom quando se trabalha com o público infantil”, disse.

“Em relação aos órgãos públicos, nós fizemos uma ação no ano passado que foi muito proveitosa e pretendemos repetir, levar os agentes para dentro dos órgãos públicos, com palestras e vistorias. Isso é muito importante porque a gente sabe que os órgãos concentram um número grande de pessoas também, então, facilita para que a gente possa conseguir passar essa mensagem de conscientização”, disse. (P.C)