Cotidiano

Na Capital, 12% da população têm diabetes

A boa notícia é que dados do Siab, dos últimos dois anos, apontam que houve uma queda no registro de casos da doença

Dados do Sistema de Informação da Atenção Básica (Siab), da Prefeitura de Boa Vista, apontam que a Capital tem 25.406 pessoas diagnosticadas e cadastradas com diabetes este ano. Isso representa aproximadamente 8% da população de Boa Vista, que tem 320.714 habitantes, conforme estatísticas atuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Porém, os dados do Siab dos últimos dois anos apontam que houve uma queda no registro de casos da doença. Em 2014, foram registrados 37.281 casos. Este ano houve uma queda de 32% em relação ao ano anterior nos registros de novos casos diagnosticados e cadastrados no Siab. Até o momento são 25.406 casos. Essa queda acentuada pode ser explicada pela migração do sistema de registros, mas o número real pode ser superior a 38 mil casos na Capital, o que corresponderia a aproximadamente 12% da população da Capital.  

A explicação para a diferença estaria no sistema de informação e acompanhamento do Programa Hiperdia (Hipertenso e Diabético), que não está sendo mais utilizado em nenhuma unidade básica de saúde do Brasil. Conforme explicou a prefeitura, antes os dados eram retirados e avaliados do Hiperdia, ou seja, hoje não existe uma ferramenta de trabalho para monitorar o programa.

A assessora da Superintendência de Atenção Básica da Secretaria de Saúde de Boa Vista, Carol Santos, afirmou que, de acordo com o perfil epidemiológico da população de Boa Vista, acredita-se que esse número não tenha decaído, mas que seja um caso de subnotificação do sistema.  “Quando conseguirmos implantar o E-SUS, que é o novo sistema do Ministério da Saúde e deixar de utilizar o Siab, teremos informações mais precisas”, afirmou.

TRATAMENTO – Os casos de diabetes diagnosticados são acompanhados pelas 32 Unidades Básicas de Saúde do Município de Boa Vista e, quando necessário, na referência do Estado que é o Hospital Coronel Mota.  Os médicos e enfermeiros das equipes da Estratégia de Saúde da Família fazem acompanhamento destes pacientes através de consultas nas unidades básicas de saúde ou através de visita domiciliar.

Os agentes comunitários de saúde realizam visita domiciliar mensal para os diabéticos cadastrados nas suas microáreas de abrangência. Os diabéticos que não residem em área de cobertura do agente comunitário de saúde é acompanhado pelo médico e enfermeiro da unidade mais próxima de sua residência.

O tratamento do paciente diabético tem como objetivo reduzir o índice de complicações inerentes à doença e evitar descompensações que colocam o indivíduo em risco de vida, além de aliviar os sintomas. Para tanto, são propostas medidas não farmacológicas, como dieta de restrição calórica para os obesos e com sobrepeso. Atividade física e retirada do açúcar sejam implementadas em todos os pacientes, bem como tratamento farmacológico avaliado de acordo com alguns critérios, conforme protocolos e cadernos da Atenção Básica do Ministério da Saúde.